Tricolores imitam Ceni e citam dados para justificar desempenho
21/05 - 23h50
Já virou rotina o técnico Rogério Ceni apresentar números e estatísticas para justificar o desempenho do São Paulo em entrevistas coletivas ao longo da semana e após os jogos. Com o costume do treinador, os jogadores do Tricolor também passaram a falar sobre a atuação do time baseados em dados. “Por resultados vão falar que o nosso ano é ruim, mas temos apenas cinco derrotas no ano. Perdemos em momentos decisivos. Agora, temos apenas o Campeonato Brasileiro pela frente, precisamos brigar e temos um elenco qualificado para isso. Temos que ser protagonistas. Perdemos duas competições que não estavam no planejamento”, disse o zagueiro Rodrigo Caio.
“Com certeza estamos com o Rogério, o trabalho dele é bom, foram apenas cinco derrotas. As eliminações pesam e as pessoas começam a fuçar para arrumar culpados. Temos que parar com isso, trabalhar e chamar o torcedor para nos apoiar. Blindar os mais novos, que não devem aparecer nessa situação. Temos que conversar com eles”, retificou o meia Cícero, também lembrando do número de derrotas que o Tricolor teve sob o comando de Rogério Ceni.
Eliminado do Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana de forma precoce, o São Paulo tem pela frente apenas o Brasileirão até o final de 2017. Na estreia, a equipe foi derrotada pelo Cruzeiro, no Mineirão, pelo placar mínimo.
“Tivemos mais posse de bola, mas não balançamos a rede. Era o que queríamos (ter mais posse), mas não vencemos. A única solução é trabalhar no dia a dia. É se entregar e só assim vamos sair dessa situação. As vezes jogamos melhor, mas falta sorte. Não é desculpa. Futebol também tem sorte. Vamos seguir trabalhando para melhorar”, afirmou o volante Jucilei.
Na última terça-feira, a Gazeta Esportiva apurou a informação de que o técnico Rogério Ceni e o meia Cícero tiveram um entrevero no vestiário do Tricolor, na derrota para o Corinthians, em partida válida pelo primeiro jogo da final do Campeonato Paulista. A pressão sobre o treinador, que já era grande, se torna ainda maior a cada confusão que deixa os bastidores.
“O Rogério é um ídolo do clube. Pressão sempre existe, quando não há resultado procuram-se culpados. Vejo um bom trabalho e acredito no trabalho dele. Creio no Rogério e o elenco tem muito a ganhar com ele, está faltando sorte. O time sabe do que precisa fazer e da entrega necessária para reverter essa situação”, completou o volante.