Ceni não sabe se Centurión volta, mas fala em cuidar do atacante argentino
15/06 - 01h55
Rogério Ceni ainda não sabe se poderá contar com o retorno de Centurión, que está emprestado ao Boca Juniors até o final de junho. Mas, se isso acontecer, ele promete cuidar do jogador, que foi contratado no início de 2015 por R$ 14 milhões. Ainda mais porque ele é uma peça ofensiva e, recentemente, o treinador perdeu Luiz Araújo, negociado com o Lille, e Morato, com uma grave lesão no joelho direito.
– Todos os jogadores são importantes. Pagamos quatro milhões de dólares no Centurión. Se voltar, vamos tentar utilizá-lo da melhor maneira possível. Foi muito bem no Boca dentro de campo, mas teve alguns deslizes. É um patrimônio do clube e temos que cuidar – afirmou o treinador, quando questionado sobre o assunto na entrevista coletiva após a partida contra o Sport, que terminou empatada por 0 a 0, na Ilha do Retiro.
O jornal argentino La Nacion crava em sua última edição que Centurión será devolvido. Mas a diretoria tricolor segue com a ideia de negociá-lo. Mesmo que não saia acordo com os xeneizes, o São Paulo tentará negociar Centurión com outra equipe. A ideia é buscar clubes interessados na Argentina ou em outros países sul-americanos. A meta é arrecadar pelo menos US$ 5 milhões (R$ 16,4 milhões) pelo atleta de 24 anos.
No Boca, Centurión viveu ótimos momentos dentro de campo, mas também acumulou polêmicas fora dele. Assim que chegou, envolveu-se em um acidente automobilístico, em setembro do ano passado. No mês seguinte, fotos íntimas do jogador vazaram na internet e renderam uma bronca do presidente.
Já em 2017, câmeras de um hotel no qual a equipe estava concentrada mostraram o atacante descontrolado, tendo de ser contido pelos companheiros. Recentemente, também foi acusado pela ex-noiva de agressão. Os advogados dela chegaram a pedir a prisão de Centurión, o que acabou não acontecendo.
Todos esses acontecimentos fizeram o clube de Buenos Aires repensar se valeria à pena investir um valor tão alto em alguém de boa técnica, mas muito problemático.