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MLS, família e Rocky Balboa: a vida de Ilsinho nos Estados Unidos
16/06 - 16h45

A primeira vez que muitos ouviram falar em Ilsinho foi na época da polêmica saída do Palmeiras e acerto com o São Paulo. De lá para cá ele se consolidou como jogador profissional, jogou por grandes clubes, conquistou títulos importantes, chegou à Seleção, disputou os Jogos Olímpicos, enfim, tem uma carreira muito boa. Tudo isso com apenas 31 anos.

Por ter começado tão jovem, temos a impressão hoje em dia de que se trata de um veterano, e ainda não é o caso. Desde a temporada passada Ilsinho defende o Philadelphia Union, na Major League Soccer. Mais experiente e muito preocupado com o bem estar da família após tantos anos de Ucrânia, onde defendeu o Shakhtar Donetsk, vive um caso de amor à primeira vista com os Estados Unidos.


Nem tanto pelo lado financeiro, como ele deixa claro na entrevista abaixo, mas muito pela situação familiar. Casado e pai de duas crianças pequenas, se adaptou totalmente à vida em Filadélfia, pouco tempo depois de pensar em parar de jogar. Nesta temporada já disputou dez partidas e marcou um gol.

Está com uma vida tranquila nos Estados Unidos?
Fiz uma opção, não apenas para minha carreira, mas para minha vida. Foi um investimento meu a longo prazo, e acredito que foi uma das decisões mais vem acertadas pensando no meu bem estar e da minha família.

E por que essa decisão se tornou tão acertada?
Em 2007, quando recebi a proposta do Shakhtar, ocorreram muitas dúvidas sobre ir ou não ir. Acabei acertando pensando no lado financeiro, única e exclusivamente por isso. Nenhum jogador sai de um grande clube brasileiro para ir à Ucrânia porque é o primeiro degrau para um grande clube europeu. Não, mentira! Foi única e exclusivamente o lado financeiro. Depois, profissionalmente, acabou sendo muito bom porque a gente apareceu no cenário internacional. A gente, no caso, eu e os meninos que estavam lá. Ganhamos um título europeu e isso foi muito bom para nós. Mas depois de quase sete anos na Ucrânia, com dois filhos, comecei a deixar de lado um pouco o lado financeiro e pensar na vida. Precisava pensar no futuro dos meus filhos em um lugar legal, bem, que eu achava que ia ser legal, não conhecia aqui. Só que eu via que era um país que funcionava, e é isso que está acontecendo. As coisas funcionam, o país te dá um suporte, o próprio campeonato é muito melhor do que as pessoas imaginam. Não financeiramente, nesse aspecto nem se compara com as grandes ligas, mas em termos de estrutura não deixa nada a desejar.

Antes de falarmos mais sobre a Major League Soccer, como é a rotina para você e sua família na região de Filadélfia?
Conheço pouco de Filadélfia, fui no centro algumas vezes e na estátua do Rocky. Eu moro em Rose Valley, uma cidade ao lado, perto de onde jogamos e treinamos. Depois de sete anos na Ucrânia, a gente aprende a viver fora do país. Fomos para um lugar de adaptação difícil, tanto no clima como na cultura, e depois vem para os Estados Unidos onde você consegue encontrar tudo... Por exemplo, quando eu ia para a temporada regular na Ucrânia eu tinha que levar comida, um monte de coisa. A facilidade que o país te dá para adaptação, claro, com algumas particularidades... Moro em outra cidade, porque meus filhos só podem estudar perto de onde moramos. Então tive que procurar uma escola boa e perto dela alguma casa para alugar ou comprar, porque eles teriam que ir para essa escola específica da região. Acabei encontrando uma das melhores escolas do estado, pública, e procurei casa nessa área.

Ou seja, vida muito boa e já conheceu a estátua do Rocky Balboa.
Tem que ir! Todo mundo que vem para cá conhecer a cidade quer ir na estátua, na escadaria. O cartão de visitas de Filadélfia é a estátua do Rocky.

E você subiu a escadaria correndo para comemorar no final?
Rapaz, corri atrás do meu filho! Ele subiu correndo e eu fui atrás, mas não comemorei. A escadaria é grande, não é fácil subir correndo!

Sobre a MLS agora. Você está com apenas 31 anos, mas já viveu muita coisa no futebol. Claro que é difícil comparar com outras ligas, mas qual é o nível do futebol jogador hoje nos Estados Unidos?
É difícil avaliar o nível na comparação com outras ligas, mas na cabeça de muita gente existe aquilo de "ah, vai para os Estados Unidos, lá é fácil"... Não é. É difícil, eles se preparam muito, adoram treinar, têm uma parte física muito forte. Os clubes... Não sei se é a palavra certa que vou usar, mas os clube estão se profissionalizando. Buscando trabalhos para melhorar, tanto dentro como fora de campo. O nível do ano passado, quando cheguei, para este já melhorou muito. Os times que estavam na parte de baixo da tabela já estão em cima. Aqui não há um grande time, lógico que existem um ou dois favoritos, mas não há aquele jogo tranquilo. Em casa ou fora, todo jogo é uma história diferente, todo time aqui tem pelo menos dois ou três jogadores de muita qualidade. Alguns conhecidos, outros não, mas é uma liga que está se estruturando e investindo para isso. Os jogos são muito disputados, do primeiro ao último minuto, exigem muito da parte física. O bom jogador tecnicamente, que esteja com boa condição física, consegue se sobressair aqui. Mas repito, é difícil jogar aqui.

Após tantos anos de carreira, como você se sente como jogador atualmente?
Acredito que, com 31 anos, adquiri uma consciência que, se eu a tivesse com 25, estaria muito melhor. Mas, antes tarde do que nunca... Eu aprendi como meu corpo funciona, estou me cuidando mais, fisicamente é uma das melhores formas que eu já atingi na carreira. Vim para cá pensando na minha família, mas como profissional estou me cuidando muito. Como diria meu pai, estou procurando ficar na ponta dos cacos! Se surgir uma oportunidade, para dcar sequência aqui, nesse investimento que fiz, poder melhorar e crescer. Mas em relação a minha parte profissional, acho que nunca estive tão bem.

Você assinou na temporada passada um contrato de dois anos. A intenção é permanecer nos Estados Unidos por muito tempo?
Como profissional, tenho que ficar sempre aberto a boas ofertas, mas a ideia principal sim, é ficar aqui. Terminar minha carreira aqui e dar sequência na minha vida aqui, ficar com meus filhos. Oferecer a eles oportunidades, sei que vai ser muito bom para eles. Mas nunca sabemos o dia de amanhã.

Conseguiu passear nas férias com eles? E a adaptação das crianças na escola?
Temporada aqui é como no Brasil, começa e termina durante o ano. Só que a temporada escolar é como na Europa, então quando minha filha está de férias eu estou jogando, e quando eu estou de férias ela está no meio da temporada. Nesse ano não devo nem conseguir ir para o Brasil, por causa da escola. No ano passado recebemos uma carta da Côrte, nos chamando para comparecer, porque ela ficou muitos dias longe da escola. Aqui, se a criança não aparece na escola por três dias seguidos a polícia vem saber o que está acontecendo. Com dez meses de escola minha filha já fala inglês melhor que eu, e ela não falava nada. Conseguia um pouco de russo, que aprendeu com a mulher que nos ajudava em casa na Ucrânia, mas fez três meses em uma escola bilíngue no Brasil e só. Digamos que chegou aqui apenas não estranhando as palavras. O tamanho do vocabulário que ela adquiriu... Ela está nos ajudando a explicar algumas coisas para o pediatra!

E na parte tática, como está a MLS hoje em dia na sua opinião? Comentando os jogos, vejo alguns times bem organizados e outros totalmente espalhados em campo.
Taticamente varia de equipe para equipe, principalmente de treinador para treinador. Vamos dividir a MLS, taticamente, em escola americane e escola latina, digamos assim. Só que eles procuram trazer treinadores latinos, com experiência europeia. Esse tipo de treinador, que vem de fora, consegue trazer algumas ideias novas. Se ele tive na mão um time bom, jogadores que consigam fazer o que ele quer, ele consegue com que isso funcione dentro de campo. A escola americana, dependendo do jogo que a gente vê, percebe que é totalmente diferente, aquela correria desenfreada. Bola nos wingers, sempre profundo, cruzamento na área, aquele mecanizado. E dependendo, se for um treinador latino contra um americano, o jogo vai parecer estranho ou você vai achar que um time é muito melhor do que o outro. Não, é puramente o esquema tático que o treinador usa. Os técnicos que vêm de fora priorizam muito a posse de bola, ficam com a bola até criarem espaço. Particularmente é o futebol que eu gosto ou que aprendi a jogar e gostar. Quando você vê um time de um treinador americano com a maioria de jogadores norte-americanos, vai acontecer o passe longo, pressão, contra-ataque e bola nos pontas. É muito nítido isso pra mim, a diferença da escola americana para a escola estrangeira.

Você virou meia-atacante de vez?
Eu vim para fazer teste. Fiquei duas semanas, estava seis meses parado no Brasil. Falaram comigo "pô, a gente gosta de você, mas não sabe como está. Quer vir para cá e ficar treinando duas semanas"? Vim, fiquei e aí me colocaram como meia de criação, um camisa 10. Joguei algumas partidas assim no começo do ano passado, mas depois virei como winger, aberto pela ponta direita. Terminei a temporada passada e comecei esta assim, só que há alguns jogos voltei a ser o camisa 10, meia centralizado, perto do atacante. Enfim, correndo aqui está dentro.

E como você foi parar na MLS? Como surgiu a oportunidade desse teste no Union?
Acabou meu contrato com o Shakhtar e eu voltei para o Brasil. Meu filho tinha acabado de nascer e depois de muito tempo longe, quis ficar um tempo com minha família. Para ser bem sincero, já não estava muito a fim de jogar bola, estava meio desgostoso, mas minha mulher falava que eu tinha que treinar. Recebi algumas propostas do Brasil, não tão atraentes, como aqueles contratos de risco, se eu jogar eu recebo... Não gostei muito, preferi ficar parado e conversando com meu agente na época, ele me disse "escolhe um lugar para você voltar a jogar". Então me leva para os Estados Unidos, tenta arrumar alguma coisa pra mim lá! Ele falou "ó, parta do princípio que a realidade que você tinha na Ucrânia é completamente diferente dos Estados Unidos. Tudo bem?" Sim, se eu estou pedindo! "Então beleza, vou procurar alguma coisa para você lá". Aí ele me falou que, como eu estava há seis meses parado, sem clube, e o pessoal pode achar que você estava machucado, vão querer que você fique em treinamento, não teste, mas para ver sua real condição. Aceitei sem problema algum. O Philadelphia cedeu espaço, vim para cá, fiquei duas semanas, conversamos e eu sabia que, financeiramente, não seria muito atrativo. Mas sabia que era algo que poderia melhorar com o tempo e também pensando em morar nos Estados Unidos*. Aqui dá para viver muito bem.

*Na MLS os salários dos atletas são divulgados porque existe o teto salarial (salary cap): Ilsinho receberá US$ $518.333,00 nesta temporada

Fonte: ESPN [!] Enviar esta notícia para um amigo 

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