São Paulo chega a R$ 150 mi e mais do que dobra meta de vendas no ano
01/07 - 16h20
O ano de 2017 será lembrado no São Paulo como um dos mais importantes em termos de arrecadação com a venda de jogadores. Isso porque, com a transferência de Thiago Mendes ao Lille, da França, consumada na sexta-feira, os cofres tricolores terão sido abastecidos com R$ 156,6 milhões, considerando os bônus por metas estabelecidas nos contratos dos atletas negociados.
A efeito de comparação, a quantia ultrapassa em R$ 96,6 milhões o orçamento anual estipulado pelos conselheiros no início de 2017, quando era prevista uma arrecadação de R$ 60 milhões com a liberação de jogadores. Portanto, mais do que dobra a meta.
E essa meta chegou muito próxima de ser superada com a venda de David Neres ao Ajax-HOL, ainda no início do ano. Na ocasião, o jovem atacante foi adquirido mediante o depósito de R$ 40,5 milhões. Outros R$ 10,2 milhões podem entrar na conta tricolor, caso o atleta atinja objetivos estipulados em contrato.
Em março foi a vez de Lyanco deixar o Morumbi. O zagueiro, também formado em Cotia, foi negociado com o Torino-ITA por R$ 20 milhões, com a possibilidade de o Tricolor embolsar mais R$ 6,6 milhões, condicionados ao desempenho.
Junho, contudo, foi o mês que mais agitou os bastidores do São Paulo. Primeiro, o clube acertou a venda de Luiz Araújo ao Lille-FRA, que pagou R$ 38 milhões pelo atacante. Deste montante, o Tricolor ficou com 70% (R$ 26,6 milhões), enquanto os outros 30% (R$ 11,4 milhões) foram destinados ao Mirassol, agremiação que revelou o jogador.
Depois, Maicon, que estava em descrédito com a torcida em função das atuações aquém do esperado, manifestou o desejo de voltar à Europa e, então, foi negociado com o Galatasaray-TUR, por R$ 25,7 milhões. Dias depois do zagueiro, Thiago Mendes decidiu se juntar a Luiz Araújo no Lille.
A decisão do volante em deixar o Morumbi levará R$ 27 milhões aos cofres tricolores, valor equivalente a 80% dos direitos econômicos que pertenciam ao São Paulo – o restante é de um grupo de empresários.
Em compensação, a diretoria tricolor contratou aos montes. Considerando apenas os negócios fechados em 2017, chegaram ao clube do Morumbi dez atletas: Lucas Pratto, Maicosuel, Petros, Jonatan Gomez, Robert Arboleda, Jucilei, Edimar, Marcinho, Morato e Denilson. Destes, só os cinco primeiros foram adquiridos em definitivo.
Promovendo uma reformulação no elenco em meio à temporada, o São Paulo ainda pode anunciar mais dois nomes nos próximos dias. Trata-se do volante Matheus Jesus, do Estoril-POR, e do zagueiro Aderlan Santos, do Valencia-ESP. A negociação do primeiro está mais adiantada. Caso o segundo não venha, o clube irá atrás de outro defensor para fechar o ciclo de contratações.
Além da dupla, Centurión também pode reintegrar o elenco tricolor. O empréstimo do atacante argentino ao Boca Juniors acabou na última sexta-feira, mas o clube deve dar alguns dias de férias a ele. Nesse período, o São Paulo tentará vendê-lo para obter mais verba para futuros investimentos.
O Boca, tendo prioridade na compra, não está disposto a pagar 6 milhões de dólares (cerca de R$ 20 milhões) ao clube do Morumbi, que, por sua vez almeja recuperar os R$ 13 milhões investidos no atleta no início de 2015.
Se as vendas podem acarretar em prejuízo esportivo para o São Paulo em mais uma temporada, o departamento de futebol vislumbra terminar 2017 com superávit.
