Depois da derrota por 1 a 0 para o Guarani, a segunda seguida no Campeonato Paulista, o técnico do São Paulo, André Jardine, foi questionado sobre a pressão que cerca o Tricolor às vésperas da estreia na Copa Libertadores da América, dia 6, contra o argentino Talleres, em Córdoba. – Não (há pressão maior). A Libertadores tem um peso gigantesco em todo o interesse do clube. Obviamente são as duas partidas mais importantes que vamos jogar. Gostaríamos de ter mais pontos no Paulista. Só que o futebol é feito dessas coisas. Do outro lado tem um adversário que estudou e planejou. Com bem menos situações de gol tiveram uma efetividade maior. O jogo da Libertadores não tem como ser maior para nós – declarou o treinador.
Quando foi questionado mais uma vez sobre a pressão pelos resultados, Jardine falou:
– O estar preparado quando a gente se julga preparado para função, e me julgo estar preparado, inclui suportar momentos difíceis e não se empolgar nas vitórias. A gente está em início de trabalho, sabe que vai oscilar. O importante é ver evolução e se preparar para o momento crucial do início da temporada, que são os jogos da Libertadores. Mas tenha certeza que estou preparado para a pressão e acredito muito no nosso grupo de trabalho – completou o técnico.
Sobre Hernanes, uma das principais contratações do São Paulo para a temporada, Jardine também falou. O Profeta, que ainda está em recuperação muscular, jogou por 30 minutos nesta quinta-feira.
– Temos seguido o planejamento. Era importante ele jogar hoje. O ideal era entrar em jogo que estivéssemos ganhando. Sabemos como é difícil entrar assim. Mas não deixamos de cumprir o planejamento, deixá-lo mais à vontade para jogar, tendo a esperança de que na quarta esteja próximo do melhor rendimento – explicou Jardine, projetando a Libertadores
O São Paulo volta a campo no próximo domingo, contra o São Bento, às 17h, de novo no Pacaembu, pela quinta rodada do Campeonato Paulista.
Veja abaixo outros trechos da entrevista de Jardine:
Atuação contra o Guarani
– O desempenho para mim foi bastante aceitável. A gente produziu inúmeras situações de gol. Existem derrotas que o time não produz e desempenha mal. Existem derrotas que a gente produziu e que o goleiro fez grande partida e a bola não entrou, que eu acho que foi o caso. O resultado continua sendo ruim, mas o desempenho não foi de todo ruim, não.
Chuva na véspera do jogo atrapalhou?
– Eu acredito muito no treino. Acredito que ele consegue transformar. Era um treino importante porque daria uma carga maior. Mas não justifica. Mas perder um treino, neste momento que temos tão pouco tempo para treinar. Infelizmente, a chuva não deixou.
O que espera da torcida, que vaiou nesta quinta-feira?
– É fundamental o apoio deles. A torcida do São Paulo sempre se faz presente nos momentos mais importantes. A gente pede um pouquinho de paciência, estamos mudando uma filosofia de jogo. Isso requer tempo para chegar onde a gente quer. Que ela esteja do nosso lado.