|
Confira a entrevista com o ex-presidente Paulo Amaral, realizada no encontro da oposição na última terça-feira.
Qual a sua opinião sobre a atual administração do São Paulo FC?
Eu não pretendo, nesse momento, abrir uma polêmica criticando a administração dele. A única coisa que eu posso dizer é que nós vamos para a Libertadores no ano que vem e tem que reforçar muito o time porque ele realmente é muito fraco para enfrentar a Libertadores. Acho que realmente deveriam ter feito uma grande festa para comemorar o Bi-campeonato mundial porque eu me lembro que o Santos foi Bi—campeão mundial em 1962 e depois de trinta anos o São Paulo igualou o feito do Santos. Então, eu calculo que esse feito do São Paulo vai passar outros trinta ou quarenta anos para outro conseguir. Então, é uma conquista inacreditável. Demorou trinta anos para repetirmos o feito do Santos. Você teria que ser campeão brasileiro, da Libertadores e Mundial em Tóquio, quer dizer, é muito difícil. Então, realmente nós deveríamos ter festejado. Nós não podemos esquecer as glórias do passado. Elas têm que ser cultuadas e preservadas porque é o que mantém a torcida. Se você esquece tudo isso, você perde torcida.
Você concorda então que a única homenagem feita ao Telê pelo São Paulo foi muito pouco?
Muito pequena. Talvez por razões políticas resolveram ignorar o Pimenta que foi Bi-campeão mundial. Eu acho que não é por aí. Acho que deveria ter sido comemorado condignamente.
O que você mudaria no São Paulo hoje?
Eu acho que a primeira coisa a ser mudada no São Paulo é a contratação de um técnico à altura porque o Rojas está quebrando um galho. E por força das circunstâncias, ele procura jogar para ganhar de 1 a 0 ou empatar e isso não te leva a lugar nenhum. Mas porque que ele faz assim? Porque ele não é efetivado no cargo. Você tem que ter um técnico que haja sem a interferência da diretoria. E note bem, eu acho que o Rojas fez milagre ao classificar o time para a Libertadores. Eu elogio o trabalho dele nesse ponto. Ele improvisou muitos jogadores. Agora ele ficou sem o Luís Fabiano e o kléber. Eu não posso criticá-lo, mas não é o técnico que o São Paulo precisa hoje. O São Paulo não é um time para ser laboratório.
Você será o candidato da oposição na eleição do ano que vem? Caso não seja teria algum nome para indicar?
Eu não me decidi ainda, se eu serei ou não candidato. Eu estou examinando a circunstância política no momento e não tem nenhum candidato que eu possa falar que vou ou não apoiar, mas sem dúvida alguma, nós vamos escolher o melhor nome para que possa ganhar as eleições. Eu acho que os candidatos que nós temos hoje declarados como o doutor Melo Dias, o Márcio Monamude, o Marcelo Martinez são todos grandes São-paulinos, grandes nomes e todos eles merecem, então eu não posso dizer se sou a favor de um ou de outro. Quem for o escolhido, eu apoiarei incondicionalmente, se eu não for o candidato.
|
