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A equipe Tricolormania esteve presente, na noite desta segunda-feira, no encontro da oposição São-paulina realizado no clube Armênia, em São Paulo. Estiveram presentes cerca de cinqüenta conselheiros. O detalhe ficou por conta de nomes como José Roberto Canassa e Marcelo Martines (candidato a presidente), dentre outros, que deixaram a situação há pouco tempo e hoje estão na oposição. A eleição presidencial será realizada na segunda quinzena de abril. Confira as fotos do evento clicando aqui.

O ex-diretor administrativo da atual gestão, José Roberto Canassa, falou com o Tricolormania:

TM: Você era da situação até outro dia. O que ocorreu para mudar de lado?
CANASSA: Primeiramente boa noite. Quando você fala que eu era da situação, não é verdade. Eu sempre fui de um grupo que era oposição e se tornou situação até hoje. Acredito que eu tenha sido uma das pessoas que somou junto com o grupo da situação hoje e que fez alguma coisa pelo São Paulo Futebol Clube. Você diz que eu estou na oposição mas não é bem verdade. Quero dizer pra você que em Abril do ano passado as divergências nos levaram a sair da situação. Um grupo pequeno, porém de muito caráter.

TM: Você falou em caráter...
CANASSA: Puxa vida, você pegou muito rápido. O caráter a que me refiro é o seguinte: você me conhece e sabe, pela tua primeira pergunta, que eu fiz muito em três anos no São Paulo. Fiz muito porque acreditava muito em todas as coisas em que estava fazendo e se você me perguntar se faria outra vez, eu vou responder que faria novamente. Mas as coisas foram acontecendo por um lado não mais administrativo e sim por um lado político. Talvez eu seja muito inocente politicamente. Até porque o próprio presidente diz que eu não fazia uma sombra quando saí. Eu acredito que ele tenha razão mas no Vitalício eu acho que fiz um eclipse e não uma sombra. Mas isso foi lá atrás e todas as coisas que eu ainda acho que é a verdade são-paulina eu mantenho e eu espero que nessa nova empreitada somando com a oposição porque na verdade, você sabe que, eu saí como terceira via. Não terceira via para eu ser candidato, longe disso. Vai levar muitos anos ainda para que eu tenha condições e capacidade para isso. Tem muitas pessoas na minha frente para cumprir essa tarefa. Mas eu acredito que tem muitas pessoas que gostariam que eu estivesse do lado deles. E o Marcelo Martines é uma pessoa que pediu muito para estar do lado dele por todas as coisas que tem acontecido no São Paulo que acabam lavando roupa suja fora do São Paulo e isso se faz dentro de casa, e você não vai me perguntar o que é. As minhas discordâncias levaram a que eu somasse com a oposição. Eu acredito, se ganharmos, que poderemos administrar com mais transparência, com mais sinceridade, com mais clareza, com mais jeito de são-paulino. Servir o São Paulo e nunca se servir dele.

TM: Quando você fala em se servir do São Paulo, você se refere a alguém especificamente?
CANASSA: Não, eu me refiro a mim próprio. Essa é uma filosofia muito velha no São Paulo. Você sabe tanto quanto eu que eu aprendi com outros e tal. Eu aprendi com o Carlos Ferraz isso, que é meu padrinho no São Paulo. Eu me refiro a mim próprio, aquele cara que você conheceu e que às sete horas da manhã estava lá e que às dez da noite também estava lá. Que era o cara que talvez mais confiou nessa administração e que talvez tenha sido um dos grandes colaboradores dessa administração.

TM: Você poderia ser mais específico dizendo o que fez você se decepcionar tanto com essa administração?
CANASSA: Tem coisas que eu ainda prefiro, e eu sei que você também tem isso no fundo do coração de que o São Paulo gosta mais de falar das coisas boas. As coisas ruins tem que guardar para si próprio e tentar corrigir com o tempo. Em 29 de Abril, eu espero que sejamos vitoriosos mesmo com a oposição que você citou. O São Paulo tem muitas pessoas boas dos dois lados mas também tem muitas pessoas que não merecem a confiança de ambos os lados.

TM: Você gostaria de falar algo sobre o Marcelo Portugal Gouvêa ou sobre o Juvenal Juvêncio?
CANASSA: Eu não gostaria de falar sobre isso porque eu seria incoerente. O Marcelo foi um homem em que confiei muito mas não sei se ele confiou em mim. Mas eu confiei muito nele. Confiei tanto que larguei minha empresa por causa dele. Entreguei a empresa nas mãos do meu filho para poder ajudá-lo no Morumbi. Eu acho que isso ele não vai negar. Agora, que ele tenha confiado em mim eu não acredito muito. Quando a recíproca é verdadeira é sinal de que os dois lados estão satisfeitos. Se ele não estava satisfeito é porque alguma coisa estava errada e se eu hoje não estou satisfeito é porque alguma coisa aconteceu que não deu certo. Sobre o Juvenal, eu não poderia dizer nada dele porque agora é época de eleição e nós não vamos dizer as coisas boas e ruins. As coisas boas que ele fez, eu também participei disso. Eu convivi com o Juvenal muitos anos, e você sabe, desde 1986. Eu não sei se eu estava errado ou se ele estava certo.

TM: Você tem mágoa da atual administração?
CANASSA: Não. Eu briguei doze anos para essa administração voltar ao poder e fiz parte dela. Mesmo que algumas pessoas lá que não são muito transparentes, não acredite nisso.

TM: Como foi a história do fim do judô no São Paulo no cenário da sua saída?
CANASSA: O judô é uma coisa que eu e o Aurélio Miguel trazemos conosco há anos. O judô foi pego como um ato do presidente para castigar alguém que fez muito pelo judô do São Paulo. Até porque, levou cinqüenta anos para o São Paulo ter outra medalha olímpica. Eu e o Aurélio trouxemos uma medalha olímpica de bronze para o São Paulo depois do Adhemar Ferreira da Silva. Mas, nós não fomos prestigiados nem pelo presidente. Mas na verdade o São Paulo é a minha razão de viver. Eu também acho que tudo o que eu fiz foi voluntariamente e por amor ao São Paulo. Lógico que com uma confiança tremenda do Marcelo. Eu acho que o máximo que ele pode dizer é que ele se orgulha do diretor administrativo que ele teve.

TM: Ele diz isso hoje?
CANASSA: Internamente eu acho que ele diria isso pra você porque eu cheguei a me dedicar ao São Paulo e a administração do Marcelo muito mais do que eu me dedico a minha empresa hoje. Eu sei que você está percebendo que eu estou um pouquinho magoado e é lógico que sim. Se eu tinha um projeto junto com amigos que hoje eu considero apenas companheiros ou ex-companheiros, como que eu posso estar contente com isso? Eu achei que os nossos objetivos eram dirigidos para um só caminho e eu cumpri meu caminho. Estar livre para você se informar onde quiser, com quem você quiser, com o funcionário que você quiser, com sócios do clube que você quiser. Até com os diretores atuais que você quiser. Eu cumpri a minha parte.

TM: Mas qual foi o ponto em que você chegou para o presidente e disse: estou indo embora?
CANASSA: Esse ponto é meu e do Marcelo. As nossas diferenças ficam entre nós. Mas o São Paulo está acima de nós. Desculpe encerrar a entrevista com você assim(emocionado).

TM: Você não acha que a política são-paulina se enfraquece com apenas duas correntes(situação x oposição)? Não é necessário a existência de uma terceira via?
CANASSA: Eu estava esperando uma pergunta que viesse no sentido do meu pensamento. Eu comecei a terceira via. Nós saímos em oito companheiros da situação atual para ser uma terceira via. Agora, a terceira via tem que se somar com alguém. Eu disse lá atrás pra você que eu somei com alguém e a terceira via eu espero que, um dia, sejamos nós.

TM: Você acredita que, na prática, é possível existir essa terceira via na política do Morumbi?
CANASSA: Eu acredito que sim. Apesar do nosso estatuto impedir algumas coisas nesse sentido. A terceira via do São Paulo virá em pessoas – posso ser humilde um pouquinho? – como eu e como os meus companheiros acreditaram que o trabalho está acima de qualquer coisa. O São Paulo está muito acima de qualquer coisa.

TM: Todos nós passamos e ele permanece.
CANASSA: Daqui a alguns dias, nem vão se lembrar que eu estive lá.




Marcelo Martines, ex-vice-presidente de Marcelo Portugal Gouvêa e candidato a presidente pela oposição também conversou com os Tricolormaníacos:

TM: Qual a sua expectativa para a eleição?
Martines: Todo processo eleitoral no São Paulo é muito espremido. A coisa fica muito justa. A divisão de votos é quase que um equilíbrio perfeito. Nós acompanhamos o São Paulo em eleições há mais de quarenta anos e raras vezes passou de dez votos a diferença. Portanto, acredito que isso se repita dessa vez.

TM: Uma diferença de dez votos a favor da oposição...
Martines: Eu acredito na nossa vitória. Tenho confiança e quase que certeza. A diferença não importa, mas sim a vitória.

TM: Qual será o vice da sua chapa?
Martinez: Ainda não montamos uma diretoria. Vamos esperar o resultado final para escolher a diretoria.

TM: Como você vê essa mudança tão radical, deixando de ser vice-presidente da situação e tornando-se candidato a presidente pela oposição?
Martines: No São Paulo eu não vejo lados. Na realidade existe uma oposição e uma situação. Não existe, na minha concepção, rivalidade entre partes. Existe uma amizade muito grande, mas é evidente que cada um tem a sua maneira de conduzir.

TM: O que você pensa da atual administração?
Martines: Na realidade eu fiz parte da diretoria deles, fui vice-presidente da diretoria, fui vice-presidente do departamento de comunicação, da diretoria de marketing estando com eles até recentemente. Achei por bem não mais continuar, me atrelando a oposição e partindo, quem sabe, para uma candidatura vitoriosa.

TM: O que fez você mudar de lado?
Martines: É uma coisa muito longa, é difícil de comunicar a você, mas de qualquer forma houve motivos fortes que me fizeram mudar de lado não só eu, mas também mais seis diretores na época.

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