O JUDÔ NO SPFC
O setor foi idealizado
no São Paulo na década de 60, por Salomão Menazi.
Nos registros da Federação Paulista de Judô
consta que sua filiação se deu dia 19 de março
de 1969. Desde então, o Tricolor nunca deixou de participar
de grandes competições e já teve em seu quadro
de atletas nomes como:
- O campeão olímpico/88 Aurélio Miguel;
- O bicampeão do campeonato Panamericano/96/98, Edelmar Branco
Zanol e que representou o SPFC na Olimpíada de Atlanta, em
1996, nos EUA;
- A campeã dos Jogos Panamericanos/87, Mônica Angelucci;
- A atleta olímpica de Barcelona/92, Patrícia Beviláqua;
- O medalhista de bronze nos Jogos Panamericanos/95, Carlos Bortole;
- O bicampeão Sul-americano 89/91, Marco Costa;
- E mais recentemente, o vice-campeão dos Jogos Panamericanos
e atleta olímpico em Sydney, Denílson Lourenço.
No comando dos judocas importantes técnicos como Massao Shinohara,
Luis Catalano Calleja além dos atuais técnicos da
seleção brasileira Floriano de Almeida e Luis Shinohara.
Hoje o clube oferece aulas para todas as idades e é responsável
por uma das competições mais tradicionais do Estado
de São Paulo, o "Torneio de Judô do São
Paulo Futebol Clube", que já realizou 14 edições.
Recentemente foi agregada a esta seção, aulas de Ne-Waza
- luta de solo - para sócios a partir de 13 anos.
O JUDÔ
Ao redor do ano 20 da era Meiji (1887), o judô tinha
dominado o ju-jitsu, que foi varrido de vários países.
O princípio do "JU", do judô, passou a significar
o mesmo que na frase "gentileza é mais importante que
obstinação".
Kano deixou como ensinamento que através do treinamento a
pessoa deve se disciplinar, cultivar o seu corpo e espírito
através das técnicas de ataque e defesa, fazendo engrandecer
a essência do caminho. O melhor uso da energia e o bem estar
mútuo são uma versão resumida dos ensinamentos
de Jigoro Kano, que definiu como objetivo último do judô
construir a perfeição de uma pessoa e beneficiar o
mundo.
Jigoro Kano, que era pequeno e fraco por natureza, começou
a praticar o ju-jitsu aos 18 anos pelo propósito de não
ser dominado por sua fraqueza física. Ele aprendeu atemi-waza
(técnicas de percussão), e katame-waza (técnicas
de domínio) do estilo ju-jitsu Tenjin-shin-yo Ryu e nague-waza
(técnicas de arremesso) do estilo de ju-jitsu Kito Ryu. Baseado
nestas técnicas ele aprofundou seus conhecimentos tomando
como base força e a racionalidade. Além disso, criou
novas técnicas para o treinamento de esportes competitivos,
mas também pelo cultivo do caráter. Adicionando novos
aspectos ao seu conhecimento do tradicional ju-jitsu o professor
Kano fundou o Instituto Kodokan, com a educação física,
a competição e o treinamento moral como seus objetivos.
Com o estabelecimento do dojô Kodokan, em 1882, e com 9 alunos,
Jigoro Kano começou seus ensinamentos do judô.
Em 1904, Koma ao lado de Sanshiro Satake, saiu do Japão.
Seguiram então para os Estados Unidos, México, Cuba,
Honduras, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru
(onde conheceram Laku, mestre em ju-jitsu que dava aulas para a
polícia peruana), Chile, onde mantiveram contato com outro
lutador, (Okura), Argentina (foram apresentados a Shimitsu) e Uruguai.
Ao lado da troupe que a eles se juntou nos países sul-americanos,
Koma exibiu-se pela primeira vez no Brasil em Porto Alegre. Seguiram
depois para o Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife,
São Luís, Belém (em outubro de 1915) e finalmente
Manaus, no dia 18 de dezembro do mesmo ano, período que ficou
no México.
A primeira apresentação do grupo japonês em
Manaus, intermediado pelo empresário Otávio Pires
Júnior, em 20 de dezembro de 1915, aconteceu no teatro Politeama.
Foram apresentadas técnicas de torções, defesas
de agarrões, chaves de articulação, demonstração
com armas japonesas e desafio ao público. Com o sucesso dos
espetáculos, os desafios contra os membros da equipe multiplicaram.
Aí começou a popularização do judô
no Brasil.
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