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Membro do Conselho de Administração do São Paulo, Raí aprovou a reunião com membros de torcidas organizadas, na última quarta-feira, no CCT da Barra Funda. O ex-jogador deixou o encontro convicto de que todas as partes saíram fortalecidas.

Na verdade, a reunião foi uma exigência da Torcida Independente, no último final de semana, após o empate com a Ponte Preta, que manteve o Tricolor no 19º e penúltimo lugar do Campeonato Brasileiro. No Morumbi, houve opiniões a favor e contra o encontro. No entanto, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, deu o aval para que o bate-papo acontecesse.

“Foi num nível surpreendente. Geralmente é algo que a gente procura evitar para não expor muito os jogadores. Foi algo que foi pedido com educação, o presidente fez questão de atender. A reunião foi de alto nível, o que mostra que o São Paulo está mudando”, disse Raí, neste sábado, durante evento que abriu os festejos do centenário do Botafogo, em Ribeirão Preto.

Campeão mundial com o clube em 1992, Raí disse que o apoio recorrente da torcida pesou na decisão de abrir as portas do CT a membros de organizadas. O São Paulo ostenta os melhores públicos do Campeonato Brasileiro, além do recorde, com 56.052 pagantes, na vitória por 3 a 2 sobre o Cruzeiro, em 13 de agosto, no Morumbi.

“Por respeito a essa torcida que está apoiando, teve esse diálogo com 20 representantes de torcedores. Foi de alto nível, e todos saíram satisfeitos, incluindo torcedores, jogadores, diretores, presidente. Saiu engrandecido o treinador por essa troca de ideias, obviamente cobranças também, mas que os torcedores puderam sentir o quanto os jogadores estão trabalhando forte para sair dessa situação”, explicou.

Desde maio ocupando uma cadeira no Conselho de Administração, Raí foi decisivo no andamento da reunião, apaziguando os ânimos em momentos mais tensos. Apesar da má fase, sem precedentes na história do clube, o ídolo são-paulino confia em um futuro melhor.

“Nessa dificuldade toda, se existe algum legado positivo para o São Paulo, além dos erros para aprender, é a participação da torcida, com 18 mil pessoas num treino, média de público de 50 mil pessoas, lotando o Morumbi a cada jogo. São mudanças que vão ficar. O São Paulo se salvando, a empolgação da torcida vai ser maior”, projetou.