TUSP Uma fotografia com mais de 50 anos no álbum de Manuel
Raymundo Paes de Almeida, mostra um alegre grupo: Ruy, Juca e Zizo
Mesquita, Joaquim Mendonça, Paulinho e Alfredinho Machado
de Carvalho. Todos vestem uma camisa branca com o distintivo do
São Paulo no peito e, em semicírculo, o nome Grêmio
São-Paulino, abraçando o emblema tricolor. Era a torcida
uniformizada. Também nisso o clube foi pioneiro. O grupo
foi organizado por Paes de Almeida.
Ele mesmo conta: “O Grêmio São-Paulino surgiu
na Mooca, em 1939. Fazíamos tudo com entusiasmo e por nossa
conta. Lembro-me do primeiro espetáculo que demos no Pacaembu.
Uma festa maravilhosa, com serpentinas e confetes. Fizemos depois
uma magnífica marche aux flambeaux, em 1943, quando a moeda
caiu em pe e o São Paulo foi campeão. Montamos um
carro alegórico, com uma moeda gigante de pe, e fomos, em
cortejo de automóveis, buscar a Taça dos Invictos
de A Gazeta Esportiva”.
O Grêmio Tricolor se transformou na Torcida Uniformizada (TUSP),
de onde derivou uma vertente, a torcida feminina. Esses grupos pioneiros
abriram o caminho para a existência de agremiações
quase profissionais. A paixão continua a mesma. Também
o entusiasmo e o fanatismo. Mas as manifestações ganharam
mais movimentação, inventividade, colorido e aparato
técnico. Em 1970, durante o jogo São Paulo e Corinthians,
o juiz belga Vital Loreaux ficou impressionado com a “guerra”
nas arquibancadas. “Nunca vi, na minha vida, algo parecido”.
A TUSP se enfraqueceu após o surgimento da Torcida Independente.
Muitos associados partiram para a coirmã.
Hoje a Tusp esta extinta, mas com certeza marcou a historia do São
Paulo Futebol Clube.
FONTE: LIVRO SAGA DE UM CAMPEAO – IGNACIO DE LOYOLA BRANDAO
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