São Paulo chega a 26 eliminações em mata-matas na década; veja a lista
30/07 - 22h57
Tido como favorito no confronto, o São Paulo perdeu por 3 a 2 para o Mirassol, quarta-feira, no Morumbi, e disse adeus ao Campeonato Paulista.
Uma zebra se compararmos elencos e investimentos, mas um resultado até certo ponto comum no histórico nem tão recente do Tricolor. Desde 2011, o clube foi eliminado 26 vezes em mata-matas. Nove delas no Morumbi.
Veja a lista completa:
2011
Santos (semifinal do Paulistão) Libertad-PAR (oitavas da Copa Sul-Americana) Avaí (quartas da Copa do Brasil)
2012
Santos (semifinal do Paulistão) Coritiba (semifinal da Copa do Brasil)
2013
Corinthians (semifinal do Paulistão) Atlético-MG (oitavas da Copa Libertadores) Ponte Preta (semifinal da Copa Sul-Americana)
2014
Penapolense (quartas do Paulistão) Bragantino (terceira fase da Copa do Brasil) Atlético Nacional (semifinal da Copa Sul-Americana)
2015
Santos (semifinal do Paulistão) Santos (semifinal da Copa do Brasil) Cruzeiro (oitavas da Libertadores)
2016
Audax (quartas do Paulistão) Juventude (oitavas da Copa do Brasil) Atlético Nacional (semifinal da Libertadores)
2017
Corinthians (semifinal do Paulistão) Defensa y Justicia-ARG (primeira fase da Copa Sul-Americana) Cruzeiro (quartas da Copa do Brasil)
2018
Corinthians (semifinal do Paulistão) Athletico (quartas da Copa do Brasil) Colón-ARG (segunda fase da Copa Sul-Americana)
2019
Talleres-ARG (segunda fase da Libertadores) Bahia (oitavas da Copa do Brasil)
2020
Mirassol (quartas do Paulistão)
Se dominou o futebol brasileiro na primeira década dos anos 2000, quando foi tricampeão nacional, venceu a Libertadores e o Mundial, nos dez anos seguintes o São Paulo ficou longe das taças. O time venceu a Copa Sul-Americana de 2012, chegou a uma semifinal da Libertadores (2016) e a uma final do Paulistão (2019). E só.
Além da distância dos títulos, o São Paulo passou a contabilizar quedas diante de rivais de menor expressão. No Paulistão, o clube teve eliminações para Penapolense, Audax e Mirassol. Na Copa do Brasil, ficou pelo caminho contra Avaí, Juventude e Bragantino.
Os vexames também chegaram aos torneios internacionais, como nas eliminações para Defensa y Justicia e Talleres, ambos da Argentina, na Sul-Americana 2017 e na Libertadores 2019, respectivamente.
Em 2018, disse adeus à Copa Sul-Americana diante do também argentino (e também pequeno) Colón. Já em 2013, foi vítima de uma equipe brasileira, a Ponte Preta, nas semifinais do mesmo torneio.
O São Paulo também foi vítima dos principais rivais do país. Das 26 eliminações, dez foram contra clubes considerados grandes: Santos (quatro vezes), Corinthians (três), Cruzeiro (duas) e Atlético-MG (uma). Há eliminação ainda para Coritiba, Bahia e Athletico.
Das 26 quedas, nove aconteceram no Morumbi: Santos (Paulistão 2011), Corinthians (Paulistão 2013), Penapolense (Paulistão 2014), Bragantino (Copa do Brasil 2014), Atlético Nacional (Sul-Americana 2014), Defensa y Justicia (Sul-Americana 2017), Athletico (quarta fase da Copa do Brasil), Talleres (primeira fase da Libertadores) e Mirassol (Paulistão 2020).
Pressão volta a aparecer
A eliminação no Paulistão contra o Mirassol faz o trabalho do técnico Fernando Diniz ser questionado no clube. O departamento de futebol não pensa na saída do treinador neste momento.
A demissão, portanto, só poderia partir do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. A cinco meses do fim do mandato, uma mudança geral na comissão e no comando do departamento é vista como improvável.
Resta agora ao São Paulo se concentrar na estreia no Brasileirão, dia 9 de agosto, contra o Goiás, às 16h, fora de casa. Pela Libertadores, o Tricolor volta a jogar em 17 de setembro, diante do River Plate, às 19h, no Morumbi.
Relembre eliminações recentes do São Paulo:
Talleres (Libertadores de 2019).
Pela primeira fase da Libertadores, aquele mata-mata antes da fase de grupos, o São Paulo foi derrotado pelo Talleres na Argentina por 2 a 0 no jogo de ida. Na volta, empate sem gols no Morumbi e o maior vexame do time na Libertadores, torneio que venceu três vezes. A derrota custou o emprego do técnico André Jardine.
Colón (Sul-Americana de 2018).
Contra outro time de pouca tradição da Argentina, o São Paulo foi derrotado em casa por 1 a 0 no jogo de ida da segunda fase da Sul-Americana. Na volta, devolveu o placar, mas não conseguiu bater o rival nos pênaltis.
Defensa y Justicia (Sul-Americana de 2017).
Outro time pequeno da Argentina, outra eliminação. Essa com o ídolo Rogério Ceni, que iniciava a carreira de treinador, no banco. O São Paulo empatou sem gols na Argentina e precisava de uma vitória simples para avançar na primeira fase da Sul-Americana. Em casa, empate por 1 a 1 e classificação dos visitantes. Era maio, e o São Paulo já colecionava três eliminações na temporada (Paulista, Copa do Brasil e Sul-Americana).
Audax (Paulista de 2016).
A eliminação contra o Audax foi dolorida. O São Paulo não só foi eliminado, como foi goleado pela equipe de Osasco, na época dirigida pelo atual técnico tricolor, Fernando Diniz. Em Osasco, o São Paulo foi atropelado por 4 a 1 pela equipe que só seria derrotada na final, pelo Santos.
Penapolense (Paulista de 2014).
A Penapolense jogava a primeira divisão do Paulista pela segunda vez e chegou às quartas de final do torneio. No Morumbi, conseguiu se segurar nos 90 minutos em um empate sem gols e levou a definição do semifinalista para os pênaltis. Nas cobranças, acertou todos e viu o jovem Rodrigo Caio desperdiçar. O São Paulo estava fora do estadual.
Bragantino (Copa do Brasil de 2014).
Depois de perder o primeiro jogo por 2 a 0, o São Paulo contava com a força do Morumbi para virar a disputa pela terceira fase da Copa do Brasil. Mas, dentro de campo, aconteceu o oposto. O Massa Bruta dominou o jogo, fez 3 a 1 e ficou com a vaga.