História. Palavra que para alguns não passa de uma matéria escolar, para mim, um aficionado pelo tema, significa passado, presente e futuro. Como não poderia deixar de ser, a história do nosso santificado tricolor e seus ídolos, é tema importante, que deveria ser tratada com maior zelo pelos dirigentes do clube.
Temos o memorial, já desatualizado e um pouco “largado”, porém a pobreza literária e audiovisual (apesar dos dois DVDs lançados em 2006 e agora) sobre nosso amado São Paulo é de causar medo. Conto nos dedos os livros que possuo sobre a história do São Paulo e seus craques. Se alguém souber o motivo, faça o favor de me contar , pois realmente não entendo. Até o time da segundona tem um acervo mais completo.
Confesso que fico meio envergonhado, pois temos uma das histórias mais ricas e curiosas do futebol brasileiro. Duas fundações, anos 30, 40 e 50 gloriosos, contabilizando oito títulos paulistas, entre outros;os tristes anos 60, anos de sangue e suor para a construção do nosso estádio, porém sem títulos; a volta por cima nos 70 e a arrancada para se tornar o maior ganhador do Brasil nos 80, 90 e nesse começo de século. Não existe sequer um DVD que conte a história de time tão glorioso. Por quê? Não tenho a menor idéia. Fica a pergunta para nossos dirigentes ou pessoal de marketing, tão festejados no momento.
Apesar de tudo, você que como eu, gosta de reverenciar os craques do passado, que querendo ou não, fizeram a história do nosso tricolor, tem um presente imperdível nesse fim de ano. Não, não é o DVD do penta (Que aliás é fantástico, comparado com o do tetra), trata-se de um TCC que virou livro. “Dias, a vida do maior jogador do São Paulo nos anos 60”, do jovem jornalista Fabio Matos.
Eu não vi o Dias jogar, mas quem viu, diz que era melhor que Luis Pereira, Oscar, Mauro e Dom Dario Pereira, em minha modesta opinião, o melhor quarto-zagueiro que vi atuar. Nesse livro não é contada apenas a trajetória do jogador Dias, mas a estória de um homem, trabalhador, apaixonado pelo tricolor, que dedicou anos de sua vida ao clube, teve altos e baixos, dentro e fora de campo, desde os tempos do Canindé, passando pela tristeza de não conquistar títulos pelo clube que aprendeu a amar, a alegria de disputar uma Olimpíada, e por fim o declínio profissional que culminou com a doença cardíaca, num período de seca de títulos.
Recomendo a leitura a todos, não só a nós tricolores de berço, mas também aos que não tem esse privilégio, e gostam de uma boa estória, movida a futebol. Parabenizo o Fabio, apesar de não conhecê-lo, escreveu um livro que registra em detalhes a passagem na Terra de um iluminado, que infelizmente foi jogar no tricolor celeste este ano. Espero que a biografia do Rogério, prometida para 2008 seja do mesmo nível, já que nosso Capitão é, e sempre será, o maior craque do tricolor nesse inicio de século 21.
Viva Roberto Dias, viva o São Paulo das três cores sacro santas.
- 1931
- Hoje visitei um irmão
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