Prévia de balanço registra déficit alto
30/10 - 00h33
O São Paulo registra um déficit de R$ 77 milhões no período que corresponde de janeiro a agosto deste ano. A dívida atual do clube é de R$ 434 milhões, R$ 100 milhões a mais do que o valor registrado em dezembro de 2018. O GloboEsporte.com teve acesso a um documento interno do São Paulo que explica a situação financeira atual. Um dos principais fatores para o aumento do déficit foi a falta de negociação de atletas.
O São Paulo previa uma receita de R$ 121,4 milhões em venda de jogadores neste ano. No entanto, só conseguiu R$ 71 milhões até agora.
No relatório, o clube explica que o valor arrecadado até aqui refere-se à negociação de Rodrigo Caio com o Flamengo, de Lucas Fernandes ao Portimonense, participação e mecanismo de solidariedade na transferência de Éder Militão ao Real Madrid, transferência dos direitos econômicos de Tuta ao Eintracht Frankfurt, bônus de performance de Maicon no Galatasaray e de Thiago Mendes no Lille.
As eliminações precoces na Libertadores e na Copa do Brasil também fizeram o time perder cotas de televisão, além de bilheteria e venda de ativos em dias de jogos.
A publicidade e patrocínio, prevista para R$ 19,5 milhões atingiu R$ 13,7 milhões. Vale a ressalva neste caso que esses valores ainda podem sofrer alterações até o final do ano, quando é divulgado o balancete oficial do clube.
Nas receitas, o São Paulo orçou uma previsão de R$ 355 milhões, mas só realizou R$ 237 milhões, uma variação de R$ 117 milhões. No total de despesas, o clube orçou 314,9 milhões e gastou R$ 314,3 milhões, uma diferença de R$ 600 mil.
Por outro lado, mesmo com todas as contratações, o gasto com salários está dentro do orçado. Uma das explicações é a forma com que o São Paulo faz seus pagamentos, de forma escalonada.
Neste ano, o clube teve problemas com atraso de vencimentos. Alguns jogadores recebem o direito de imagem separado do salário, e houve atrasos de até três meses em algumas ocasiões.