Entenda por que São Paulo tirou Alan Franco de jogo contra o Vasco
17/10 - 01h02
O São Paulo decidiu, por recomendação de seu departamento jurídico, tirar o zagueiro Alan Franco do jogo contra o Vasco, nesta quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro. O defensor seria titular no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, mas sequer foi relacionado por precaução após um julgamento do STJD por expulsão na Copa do Brasil.
Alan Franco recebeu um cartão vermelho nos minutos finais da partida de volta das oitavas de final do torneio nacional, contra o Goiás, fora de casa, no dia 8 de agosto, por chutar a bola em direção à torcida adversária, provocar um princípio de confusão, trocar empurrões com Thiago Galhardo e "desferir uma cabeçada" contra o meia.
O zagueiro cumpriu a suspensão automática pelo cartão vermelho na derrota do São Paulo por 1 a 0 para o Atlético-MG, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, no Morumbis, dia 28 de agosto.
Além da suspensão automática, cumprida contra o Atlético-MG, Alan Franco ainda foi denunciado pela Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por provocar a torcida (artigo 258-A) e praticar agressão física (254-A). E o julgamento foi realizado apenas no dia 30 de setembro, depois do jogo em que o zagueiro não esteve em campo contra o Galo.
Como toda expulsão, o cartão vermelho recebido por Alan Franco foi julgado pelo STJD no mesmo dia em que a denúncia da procuradoria foi levada ao tribunal.
O resultado foi este: "Por maioria de votos, suspenso por 01 partida por infração ao Art. 250, face a desclassificação do 254-A, ambos do CBJD, contra o voto do Auditor Dr. João Gabrile Maffei, que suspendia por 02 partidas e suspenso por 01 partida convertida em advertência, por infração ao Art. 258 § 2º, face a desclassificação do 258-A, ambos do CBJD, contra o voto do Auditor Dr. João Gabrile Maffei, que suspendia por 01 partida;"
O artigo 250 fala em: "Praticar ato desleal ou hostil durante a partida, prova ou equivalente".
O departamento jurídico do São Paulo entendeu, portanto, que a suspensão de "uma partida" poderia não se referir à suspensão automática, cumprida contra o Atlético-MG, e que pode ter sido aplicada por causa da denúncia da Procuradoria, feita depois do jogo diante do Galo - a automática, portanto, seria outra suspensão.
O São Paulo, então, procurou o STJD por duas vezes, no dia 10 de outubro e nesta quarta-feira. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva enviou ao clube um documento que dizia que Alan Franco tinha uma partida de suspensão a cumprir por causa do julgamento do dia 30 de setembro.
Por precaução, o departamento jurídico do São Paulo recomendou ao departamento de futebol que Alan Franco não entrasse em campo nesta quarta-feira. A recomendação foi acatada.