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“O RETORNO DO REI”

Por MARCELO IKEDA (marceloikeda@uol.com.br)


Analisando atentamente o título, alguns vão sugerir que se trata de nome de filme. E não estão errados. Porém, não se trata da espetacular saga fantasiosa de Peter Jackson. Este filme, a que me refiro foi REAL e AUTÊNTICO. Para quem não está ainda conseguindo entender onde quero chegar, vamos recordar o Campeonato Paulista de 1998. Vamos direto às semifinais. Enquanto o São Paulo eliminava o Palmeiras, com duas vitórias por (2x1) e
(3x1), Corinthians e Portuguesa se enfrentavam no Estádio do Pacaembu. Na primeira partida, empate por 1x1. No segundo, seria um jogo normal, se não acontecesse algo inusitado. A Lusa ganhava a partida, até os 45 minutos da etapa final, quando, numa descida rápida do time da marginal, o fantástico zagueiro Gamarra cruza para a pequena área, no intuito de achar alguém que entrasse de frente para o gol. No meio do caminho, a bola foi interceptada no PEITO do bom zagueiro César, do time do Canindé. O árbitro, representado pela figura do argentino Javier Alberto Castrilli, talvez intimidado pela enorme torcida corinthiana, não hesitou em INVENTAR um penal a favor do time alvi-negro. Rincón foi para a batida e estufou a rede lusitana. E o pior, é que ainda teve a cara-de-pau de comemorar, com um sorriso tamanho do mundo. Bom, terminada a partida, os repórteres foram atrás dos principais personagens. De um lado, o desespero, desolação e principalmente, INDIGNAÇÃO do zagueiro César, constrangido e jorrando lágrimas, como uma criança desamparada. Neste caso, desamparado pela Justiça... Do outro lado, um repórter foi entrevistar os jogadores do time “vencedor”.... e o escolhido, foi o polêmico Marcelinho Carioca. “Marcelinho, o que você tá achando dessa confusão toda aí, que os jogadores da Portuguesa tão armando no campo?!!” Marcelinho, com ar de deboche e quase gargalhando, cinicamente responde: “Cada um com seus problemas.... Eu não quero nem saber... Isso é problema deles, agora...” (e sai com a expressão de felicidade e desdém do adversário). Azar o dele, pois a Imprensa frisou muito bem essa imagem. Essa e a do César chorando. Qualquer tribunal do mundo que se preze, daria razão absoluta, só com a expressão das imagens mostradas dos dois atletas. Dor de um lado, deboche de outro.....
Bom, mas vamos agora ao que realmente interessa.... Foram pra final, então, o São Paulo, do técnico Nelsinho Baptista, o “cabeção” e o time corinthiano, representado por Wanderley Luxemburgo. Aliás, Luxemburgo dizia nas entrevistas que queria ganhar o título de forma “invicta”. E ele (quase) conseguiu. Quase porque, na primeira partida, ele venceu o duelo contra Nelsinho (2x1) pro Corinthians. A segunda partida, foi gerada através de muitas expectativas. A principal, com certeza, era a volta do Rei Raí. Pois é, de alguma forma, o regulamento permitia a inscrição de um atleta mesmo que só pra jogar a final. Os corinthianos até tentaram argumentar, mas, coitados, não tinham moral nem pra reclamar de nada, afinal só estavam na final, graças a um presente do arbitro argentino.

A JUSTIÇA FINAL

Chega então, o esperado dia da decisão. Luxemburgo, de um lado, sempre elegante, com seu terno italiano, na expectativa de arrancar pelo menos um empate, para se sagrar campeão mais uma vez. Do outro, Nelsinho Baptista, nervoso, apreensivo com a derrota sofrida no primeiro jogo. Começa a partida. Início de jogo, França (que barrou Dodô) e começava a se despontar ajeita de cabeça; a bola vai em direção à cabeça de Raí. Golaço!

O goleiro Ney, nem viu a cor da bola. Começa o segundo tempo, Luxemburgo mexe no time. Coloca em campo, o atacante Didi, uma espécie de talismã do time. E dá certo.....
Começo de segundo tempo, Didi coloca a bola no ângulo direito de Rogerio Ceni. Um bonito gol, que faz a torcida alvinegra explodir em emoção... 1x1 no placar. Bordon acerta Marcelinho DUAS vezes seguida, e leva o amarelo. A zaga tricolor CAÇOU Marcelinho o segundo tempo inteiro. Coitado, apanhou pra caramba. Numa entrada violenta que levou do lateral sãopaulino, Marcelinho olhou enfurecidamente pro árbitro, gesticulando e reclamando algo do tipo: “Pow! Faz alguma coisa. To apanhando muito...!” O árbitro entao, olhou pra Marcelinho, abriu os braços, respondendo algo do tipo, que assim interpretei: “Cada um com seus problemas, Marcelinho! Não to nem aí pra você!!!” E o jogo foi seguindo, até que Raí, mesmo derrubado pelo adversário, ainda conseguiu esticar a bola para França. Este, só deslocou o goleiro, anotando 2x1 no placar. Pressão corinthiana, Mirandinha acerta uma cabeçada na trave e perde o gol de empate. Na jogada mais espetacular da partida, Denilson dá um drible “quebra-costelas” no estupendo Gamarra, que deve estar até agora procurando o sãopaulino. Mesmo assim, o paraguaio ainda consegue acompanhar Denilson até a linha de fundo, e antes de cortar a bola, o atacante toca para trás, e encontra França entrando... este, um pouco adiantado da bola, ainda consegue gingar o corpo e acertar uma bela virada contra as redes de Ney...
Final de partida: São Paulo 3x1 Corinthians. São Paulo FC. CAMPEÃO !!!!
Três detalhes me chamaram a atenção em meio à comemoração do título....
1-) Marcelinho SUMIU de campo. Saiu empurrando toda a Imprensa e não queria dar entrevistas.
2-) O atacante Mirandinha chorando desesperadamente. Eu deduzi que ele deveria estar chorando de VERGONHA, só poderia ser. Vergonha de ser beneficiado e ainda querer ser campeão.
3-) Ultimo e mais curioso detalhe: em meio à imensa torcida tricolor, pude observar um punhado de torcedores lusitanos, e ainda, vi alguns santistas e palmeirenses, todos vibrando com o título tricolor. Acredito que esse dia foi marcado por ser “o dia em que todos foram sãopaulinos”...

Raí, assim como Azrael, bancou o Anjo Vingador. O Anjo Justiceiro. Consolidou o título de “carrasco” do Corinthians mais uma vez.
Diz um ditado que: “QUEM É REI, JAMAIS PERDE A MAJESTADE!” E quem teve a oportunidade de ver Raí jogando, sabe mais do nunca, como esse ditado é verdadeiro......

“ RAÍ, ETERNO REI DO MORUMBI...”



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