A vitória do São Paulo contra o São Caetano, nesta quarta-feira, foi na raça, na vontade, na determinação. Mas foi um sufoco imperdoável para um time que pretende ser campeão da Libertadores da América.
O jogo foi todo atípico. No começo, logo aos cinco minutos, Rogerio Ceni fez uma lambança e deu o gol para o São Caetano. Quando tudo parecia que ficaria difícil, Tardelli, num belo oportunismo, empatou o jogo.
A partir daí tudo foi acontecendo. Zetti, o técnico do São Caetano foi expulso. Triguinho, ainda no primeiro tempo, também o foi. O jogo ia ficando a carater para o São Paulo. Mas no final do primeiro tempo Anailton fez um golaço.
Pensei que voltaríamos para o segundo tempo com toda a força. Leão agiu bem. Colocou Luizão no lugar de Edcarlos, que vinha muito mal. Logo no começo, o avante do São Caetano é expulso. Ficamos com 11 contra 9. Era ir para cima de virar o jogo. Qual o que!
Quando todos menos esperavam, um contra-ataque e o São Caetano faz 3 a 1. Leão imediatamente coloca Marco Antonio no lugar de Mineiro e manda o time todo para a frente. Essa substituição mudou todo o jogo.
Marco Antonio foi o nome da partida. Talvez ele precisasse disso para se firmar no time do São Paulo. Ele que fora emprestado ao Náutico e voltou como uma solução caseira, estava buscando seu espaço e, com o jogo desta quarta-feira, provou que está encontrando o que procura.
O garot fez um golaço, fez assitências, correu todos os pontos do campo, bateu escanteios. Enfim, foi o nome do jogo.
Mas vamos pensar um pouquinho: será que teremos chances iguais numa Libertadores tão disputada? Não, meus amigos. Estamos disputando o Campeonato Paulista para ganhar. Mas o que queremos, na verdade, é a Libertadores.
Então vamos arrumar esta cozinha direitinho, porque do jeito que está, vai ser difícil conseguirmos algum título.
Paulo Pontes é apresentador e comentarista da Rádio Jovem Pan e proprietário do site www.tricolornaweb.com.br