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Uma verdadeira câmara dos horrores. Este o quadro que vi do São Paulo neste sábado, no Morumbi, quando ganhou do Rio Branco por 1 a 0, graças, de novo, ao nosso Rogério Ceni, o melhor goleiro do Brasil.
Há muito tempo que não vejo tanta mediocridade num time. Não estou com isso querendo dizer que os jogadores não valem nada, que estamos perdidos, que não vamos chegar a lugar algum. Apenas retratando o que nosso time mostrou neste sábado, um dia daqueles onde nada deu certo.
Conforme disse Leão, tivemos sorte de campeão. Não merecíamos a vitória. O empate talvez fosse o resultado mais justo.
Devemos lembrar que no final da partida o Rio Branco teve, pelo menos, duas chances claras de gol, mas seus avantes - para a nossa sorte - erraram a conclusão.
Os laterais não funcionaram. Os volantes, que são o diferencial do time, erraram muitas saídas de bola, Edicarlos continua inseguro e o ataque esteve longe, mas léguas de distante, do que tem sido ultimamente, merecendo o destaque de ser o melhor do campeonato.
Grafite não ganhou jogada alguma e Diego Tardelli lembrou o Tardelli dorminhoco e insolente do passado, não o goleador de hoje.
Pensando positivamente, vamos agradecer o fato deste dia negro ter acontecido num jogo do Campeonato Paulista, dentro do Morumbi, contra o frágil Rio Branco, e, com todos os problemas, ainda tendo encontrado a vitória. Pior seria se ocorresse num clássico ou num jogo da Libertadores, ou, mesmo contra o Rio Branco, tivesse terminado com derrota.
O que é preciso fazer, agora, é juntar os jogadores e mostrar que nada está ganho. O fato de estarmos cinco (hoje oito, mas com um jogo a mais) pontos a frente do Santos, não signfica nada. Se titubearmos, podemos deixar a diferença diminuir e por em risco o título do Paulista. Isso certamente viria a influir, diretamente, no nosso desempenho da Libertadores, de maneira psicológica.
Continuamos líderes, invictos, mas um sinal de alerta foi aceso. E é preciso observar esse sinal.

11/03/2005

Ficou tudo embolado

Depois da rodada deste meio de semana, nosso grupo na Libertadores ficou completamente embolado. Com a vitória do Quilmes sobre o The Strongest, nós ficamos na liderança com quatro pontos, Universidad do Chile e Quilmes com três, deixando para trás o The Strongest, que de forte mesmo só tem a altitude, com um ponto.
Para nós melhor seria se tivesse ocorrido um empate ontem, em Buenos Aires, ou mesmo uma vitória do time boliviado. Mesmo sabendo que em caso de vitória eles empatariam com o São Paulo, temos a vantagem de que, no segundo turno, eles jogarão aqui.
Além do mais, jogaríamos contra o Quilmes em Buenos Aires sem tanta preocupação, já que o Universidad, teoricamente, deve bater o The Strongest na próxima rodada, num jogo que será realizado em Santiago.
Com o resultado, não podemos sequer pensar em perder o jogo em Buenos Aires. Se isso ocorrer, não só ficaremos atrás dos argentinos, mas, muito provavelmente, também atrás dos chilenos.
isso transformaria a primeira partida do returno que será contra o Quilmes, no Morumbi, como um jogo de vida ou morte.
Fiz toda a descrição acima para que o amigo leitor tenha noção da situação do nosso Grupo na Libertadores. Porém não acredito, em hipótese alguma, que o São Paulo perca do Quilmes. Ao contrário, estou convencido que vamos ganhar em Buenos Aires. Estamos num grande momento, com um bom time e um excelente técnico e somos, por isso, um dos favoritos à conquista do título sulamericano.

Paulo Pontes é apresentador e comentarista da Rádio Jovem Pan e proprietário do site www.tricolornaweb.com.br