Em 2005, a torcida muito comemorou. Festejamos do início, no meio e no fim da temporada. Quando as turbinas estavam começando a esquentar o São Paulo venceu o Campeonato Paulista. Tal fato mostrava que o ano seria muito bom.
Depois do Estadual, perdemos o técnico Emerson Leão. Analisamos o mercado para tomar a decisão certa e concluímos que Paulo Autuori cairia como uma luva em nossas pretensões. Consciencioso, o comandante conduziu o plantel ao brilhante tricampeonato da Libertadores. Numa final contagiante, o São Paulo aplicou sonora goleada no forte time do Atlético-PR, transformando aquele num dos momentos mais mágicos do clube nos últimos tempos.
Mas ainda havia mais o que fazer. Enquanto o Tricolor disputava um Campeonato Brasileiro enfraquecido por conta de escândalos envolvendo arbitragens fraudulentas, aguardava o Mundial Interclubes. A primeira edição feita pela Fifa em parceria com a marca automobilística Toyota foi inesquecível. O mundo se rendeu, pela terceira vez, ao clube do Morumbi, que acabou com a invencibilidade do poderoso Liverpool na aguardada final. A representação da terra dos Beatles não perdia e nem tomava gols havia 11 partidas.
A nação tricolor ainda viu Rogério Ceni, seu principal ídolo, tornar-se o melhor atleta da decisão e do torneio. Um prêmio que soou como reconhecimento a quem vem honrando as cores vermelha, preta e branca há tempos.
De volta ao Brasil, São Paulo parou para aplaudir o time que elevou o nome da cidade ao patamar mais alto na hierarquia do futebol mundial, tornando-se o primeiro, entre os brasileiros, a conseguir o feito.
2005 está registrado na memória de todos. Mas, em 2006, o trabalho segue a todo vapor para que ele se torne tão inesquecível quanto a temporada que se encerrou.
Saudações tricolores e bom ano novo.
Marcelo Portugal Gouvêa Presidente do São Paulo Futebol Clube