Os São-paulinos espalhados por todo o Brasil podem orgulhar-se. Temos, sim, motivos reais para isso. O glorioso Tricolor do Morumbi perseguiu com honra e brio seus objetivos desde o início do ano. Trabalhou duro para que ocorressem melhorias. Atletas promissores foram contratados e, ao longo da temporada, conseguiram destacar-se. É o caso do lateral Cicinho e dos zagueiros Rodrigo e Fabão que, junto a Lugano, formaram nossa melhor defesa desde 1993 e, até por isso, a menos vazada do Campeonato Brasileiro. E esse mérito, além dos novos participantes, deve-se também às grandes atuações de Rogério Ceni, em via de tornar-se o atleta que mais vezes vestiu a gloriosa camisa São-paulina.
Não menos importante foi a presença de Leão, um treinador à altura daqueles que fizeram história no São Paulo Futebol Clube, com jeito de que inscreverá seu nome no panteão dos grandes técnicos de nossas melhores tradições. A ausência de Luís Fabiano foi de certa forma suprida pelo crescimento de Grafite, que acabou como nosso principal artilheiro no Brasileirão.
Tudo isso, mais o espírito de luta que nunca faltou ao Tricolor, conseguiu transformar uma equipe aparentemente desmotivada em terceira colocada do certame e - ao mesmo tempo - pela segunda vez, classificada para a Libertadores da América após dez anos de ausência.
Vamos para essa nova disputa com a disposição de nos tornarmos tricampeões, com a equipe básica e mais contratações estratégicas que vêm sendo avaliadas e concretizadas por esta presidência e pela diretoria de futebol profissional.
Mas o São Paulo está cada vez mais convencido de que a solução de nosso futebol não está em parcerias discutíveis e tampouco em arrendamento de nosso maior patrimônio. As categorias de base sempre foram o grande celeiro de nosso clube e agora serão ainda mais estimuladas pela edificação do novo Centro de Treinamento Laudo Natel, em Cotia. Se, como diz o provérbio, um grande time começa com uma grande defesa, estamos no bom caminho.
Esperamos, pois, com o entusiasmo renovado e com a crença no Ser superior que, em 2005, o São Paulo FC tenha muitos motivos para comemorar.