.:. TricolorMania .:. http://www.tricolormania.com.br .:.

Todo torcedor de um clube de futebol deve apoiar o time de sua preferência, essa é a conduta esperada, principalmente quando vem ganhando a maioria dos títulos que disputa e jogando um futebol convincente, como o São Paulo.

Apontado como o melhor elenco da atualidade no país pela grande maioria da crônica esportiva, o São Paulo, além de tudo é o atual campeão da taça Libertadores da América e do Mundial de Interclubes. Até aqui tudo bem.
Não concordo com a atitude extremista de torcidas que acaba gerando agressões físicas e morais aos atletas que produzem menos que o esperado antes da contratação pelo clube de coração.

Fatos corriqueiros na história do Corinthians, com ônibus apedrejados e também mais recentemente do Palmeiras. Pichações de muro, com frases que desmoralizam os jogadores. Afinal ele está lá porque a diretoria o contratou ou o técnico assim exigiu.

E como torcedor não deixo de apoiar o time e muito menos saio por aí mostrando descontentamento, seja na roda com amigos, torcedores e até escrevendo. Procuro sempre comentar o que sinto como torcedor de um esporte que acompanho há mais de 40 anos.

Às vezes saudosista lembro-me de grandes conquistas, de jogadores e times que marcaram a história do tricolor mais querido. Ora a lembrança de um grande goleiro que passou pelo clube. Ora de zagueiros e atacantes.

Um dos meios de campo que deixou saudades foi o formado por Edson (Cegonha), Pedro Rocha, e Pibe D”Oro”. Talvez os mais jovens torcedores não viram atuar o jogador que era chamado assim por Pedro Rocha, um dos maiores meia-esquerda que vestiu a camisa tricolor.

Bastava receber a bola que Rocha já gritava em seu portunhol, “Vá Pibe”. Era assim que ele chamava o meia-direita jovem de drible fácil, bom toque de bola e muita visão de jogo, Muricy Ramalho, hoje técnico do time que um dia vestiu a camisa 8, e muito jovem foi vendido ao um clube do México.

Considerado um bom técnico de futebol da nova geração, aprendiz do mestre Telê Santana, com passagem em vários times conquistando cinco campeonatos estaduais seguidos por esses clubes.

Em nenhum momento quero antecipar a discussão sobre a capacidade técnica de um jovem técnico de futebol, mas, preocupa-me a morosidade com o poder de reação que o time do São Paulo vem demonstrando diante de uma marcação mais eficiente ou mais forte.

Assim foi com o Chivas no Morumbi quando o time perdeu, e nesta última quarta-feira, com o Palmeiras. Bastou os adversários grudarem no Danilo, e no Thiago, com o bloqueio nos volantes Mineiro e Josué, e colocar jogadores nas costas dos laterais, ou alas como o futebol moderno os nomeia, para que o time ficasse sem alternativas de armação de jogadas.

Nem sempre um time repete boas atuações, às vezes jogadores chaves não estão nos melhores dias, e um clube que tem grande elenco como o São Paulo com várias alternativas de jogo conta com atletas que possam entrar e mudar o esquema tático e as opções de jogadas.

O fato que aconteceu também no jogo contra a retranca do Fortaleza diante do misto, mas com grandes jogadores, para que o São Paulo, conhecesse a primeira derrota no Brasileirão. Por enquanto é cedo e pode ser até coincidência, de uma noite infeliz de alguns jogadores, mas não pode virar rotina.
A torcida tricolor menos dia ou mais dia passa cobrar e questionar a lentidão das substituições, e as mudanças óbvias que o Pibe, menino em espanhol, tem realizado no time.

Muricy todo torcedor sabe que você um técnico trabalhador e conhece futebol só precisamos ver acontecer, e vir à constatação para dizer que temos um grande técnico comandando um grande time. Quem sabe um técnico de ouro.