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Se me perguntassem antes do jogo, se o São Paulo ganharia a partida contra o São Caetano, eu diria que sim. Se me fizessem essa mesma pergunta até os trinta e oito minutos do segundo tempo, eu, como uma otimista torcedora diria que ainda dá tempo, mas um empate, àquela altura do campeonato já estava bom demais.

Eu não sei nem que nome pode ser dado a esse jogo, talvez espetáculo, talvez sofrimento, talvez show, heróico, quem sabe ainda uma guerra de nervos. No final das contas, acho que um pouco de cada uma dessas coisas.

Foi uma partida atípica, com certeza de afirmação, pra começar um erro de saída de bola do Rogério Ceni, que nunca havia visto antes na minha vida, já vi erro como este, cometido por outros goleiros consagrados, como: Silvio Luiz, Marcos, Julio César, mas não de Rogério. Acontece a partir desse erro o primeiro gol do São Caetano.

O empate tricolor veio rapidamente, adivinha com quem? Diego Tardelli, mais uma vez deixando sua marca, jogando com regularidade. As coisas pareciam estar equilibradas, apenas pareciam. O jogo era bom para nós, o São Paulo, como em outras partidas, criava muitas oportunidades, mas não marcava. O São Caetano teve o primeiro jogador expulso, Triguinho. O São Paulo adiantou a equipe e num contra ataque, o Azulão, marca o segundo gol. O tricolor continuava no ataque, mas não conseguia marcar. Terminava o primeiro tempo.

Iniciou o segundo tempo, saiu Edcarlos, entrou Luizão, a equipe estava muito mais ofensiva. O juiz expulsou o segundo jogador do São Caetano, Luiz Cláudio, mais uma chance para o SPFC virar a partida. O Leão mais que depressa, pede a seus jogadores que avancem, a zaga passava a jogar na linha do meio de campo. Mais uma vez, num lance isolado, o São Caetano marcou o terceiro gol.

A equipe tricolor foi para o desespero, várias bolas eram alçadas na área, péssimo negócio para o nosso ataque. O Silvio Luiz tornava-se o grande herói do momento, ele defendia bolas inacreditáveis. Vendo que o São Caetano não ameaçava mais, Leão tirou o Mineiro e colocou o Marco Antônio.

Desde o início do jogo já existia uma pressão do São Paulo, mas a BLITZ TRICOLOR só funcionou a partir dos trinta e oito minutos do segundo tempo. Marco Antônio chuta de fora da área e a bola entra no cantinho do gol. A equipe do São Caetano saiu a bola no meio de campo, o São Paulo logo a roubou, e nosso centroavante desencantou, Grafite marcou seu gol redentor, e empatou o jogo.

Para alguns torcedores isso já estava bom demais, arrancar um empate, depois de estar perdendo de 3 x 1, já era um bom resultado. Mas quem não sonhava com uma virada histórica nos cinco minutos finais. E quem disse que sonho não pode virar uma realidade, é e virou, depois de um cruzamento do Luizão, Josué, o melhor jogador tricolor em campo, virava o jogo para 4 x 3.

Difícil de acreditar, não? Mas ser são-paulino é isso, é assim, é chorar, sofrer, rir, xingar, vibrar e se alegrar dentro de um mesmo jogo, mas tem hora que essa equipe quase mata os torcedores do coração. Agora é continuar a caça ao título, afinal somos o time da fé.

SAUDAÇÕES TRICOLORES

Fernanda Ferreira Manzella