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A mais de dez anos, nós, são-paulinos esperamos por uma outra final de Libertadores, o torneio interclubes mais importante na América do Sul. E conseguimos chegar a essa final! Quebramos um tabu de nunca vencermos os times argentinos no país deles e entramos em um grupo seleto que conseguiu essa proeza. Foi uma vitória em um dia muito especial, por ser dia do santo São Paulo (29 de junho) e por termos conseguido duas vitórias em cima de nossos “Hermanos” no mesmo dia.

Em primeiro lugar. Parabéns a Seleção Brasileira pela vitória de 4 x 1 sobre a Seleção Argentina pela Copa das Confederações. Mas eu só estou falando sobre a seleção, pois é preciso destacar a esplendorosa partida que o Cicinho fez na Alemanha. Uma partida de gala, participando diretamente dos quatro gols brasileiros.

E agora, parabenizo a equipe do São Paulo, que com garra e espírito de luta conseguiu uma vitória fantástica de 3 x 2 sobre o River Plate em pleno Monumental de Nuñez.

Esperávamos uma guerra em Buenos Aires, mas a delegação tricolor foi recebida de maneira cordial no hotel, só na chegada ao estádio que alguns torcedores quebraram os vidros do ônibus que transportava a delegação do São Paulo, mas ninguém saiu ferido.

Em campo a estória foi diferente. Para quem esperava um São Paulo recuado, viu uma equipe bem armada e partindo para cima do River Plate. O Tricolor se apresentava como se estivesse jogando em casa, completamente solto e sem nervosismo. A equipe jogava tão bem que aos onze minutos abriu o placar, 1 x 0 gol de Danilo, após cobrança fechada de escanteio. A equipe do Morumbi ainda dominou o jogo por mais alguns minutos, mas depois recuou demasiadamente e sofreu uma pressão desnecessária, essa pressão resultou no empate do River com o atacante Farias. Depois do gol a equipe argentina cresceu e a torcida empurrava o time tentando fazer com que a defesa tricolor se atrapalhasse.

No intervalo, o técnico Paulo Autuori deve ter falado muito no ouvido dos jogadores, pois ele saiu muito bravo devido ao recuo que a equipe resolveu mostrar em campo, ao invés de continuar jogando para frente.

O puxão de orelha do Autuori deve ter funcionado, pois o time voltou para o segundo tempo com outra postura dentro de campo.

Aos treze minutos Amoroso marcou o segundo gol tricolor em uma perfeita jogada de contra ataque.

A partir do segundo gol o river plate foi para o desespero. O técnico Astrada começou a tirar todos os seus marcadores e substituir por jogadores avançados, deixando assim a defesa aberta. Com a defesa descoberta o volante Mascherano aproveitou para descer o sarrafo nos jogadores brasileiros, já que o juiz era condescendente com as faltas e não o punia.

Com os buracos deixados na defesa Argentina, o São Paulo aproveitou para ampliar o placar para 3 x 1 com Fabão. Após esses gols o tricolor sobrava em campo, parecia jogar com pelo menos uns dezoito jogadores contra os onze do River. A garra e a determinação dos jogadores enchiam os olhos dos torcedores.

No fim do jogo a equipe do River Plate ainda marcou mais um gol, mas já era tarde, a essa altura era necessário que o time argentino marcasse mais quatro gols para se classificar. Algo impossível.

A classificação do São Paulo foi extremamente merecida e veio até de certa forma, mais fácil do que alguns imaginavam. Mas foi fácil porque o São Paulo jogou muita bola, jogou com o espírito de Libertadores á flor da pele.

Esta equipe do São Paulo perdeu a fama de amarelar e aprendeu a jogar a Libertadores do jeito que é preciso. Com: raça, fome de bola, catimba, determinação, marcação e técnica. Foi uma equipe que amadureceu ao longo da competição e agora está dando um show de bola.

Então, ESTAMOS NA FINAL!!! Temos que nos concentrar para os dois jogos finais da Libertadores e para os dois próximos jogos do brasileirão contra Ponte Preta e Flamengo. Contamos também com a volta do Cicinho que se apresenta amanhã ao tricolor, e com a volta dos jogadores da seleção sub-20 também.

Saudações Tricolores!

Fernanda F. Manzella.