Os jogos semifinais da Liga dos Campeões da Europa mostram que nem sempre decidir em casa é um bom negócio.
Começa na Argentina a nossa arrancada para a conquista do tão sonhado tricampeonato da Copa Libertadores da América. Digo isso, pois agora, ao contrário da primeira fase, não podemos nos dar ao luxo de perdermos um jogo como o que perdemos contra a LDU na primeira fase. Uma derrota frente ao Rosário Central por uma diferença superior a um gol, e nossa chance de reverter a situação aqui no Morumbi se torna quase que impossível. A maioria dos torcedores prefere, em jogos de ida e volta, decidir em casa. Ao contrário destes, prefiro sempre jogar a primeira no Morumbi. Para quem acha que o Rosário Central é um time fraco, visto que está nas últimas colocações do campeonato argentino, esclareço que jogar contra qualquer adversário argentino é uma parada duríssima. Sendo assim, espero que o técnico Cuca tenha alertado o nosso elenco que de nada adianta decidir o jogo em casa se não jogarmos para vencer o primeiro confronto. Prova maior para o que estou falando foram os jogos semifinais da Copa dos Campeões. Tanto o Chelsea, como o Deportivo La Coruña, que decidiram seus jogos em casa, foram desclassificados e não vão a final da Liga mais importante da Europa. Para aqueles que acham que perder por um gol de diferença na Argentina é um grande negócio, lembro-os de que em 1992, perdemos para o New’s Old Boys por um a zero fora de casa e somente a duras penas conseguimos levar o jogo para os pênaltis aqui. Felizmente, naquele ano a sorte esteve do nosso lado e saímos vencedores. Porém, em 1994, quando também tivemos o “privilégio” de decidirmos em casa, a vitória por um a zero não nos foi suficiente para escaparmos dos pênaltis. Ao contrário do que ocorrera contra o New’s a sorte virou de lado e o título ficou com o Vélez Sarsfield. Espero que o São Paulo jogue na Argentina sem medo e traga, por que não, uma vitória na bagagem, para nos dar maior tranqüilidade aqui no Morumbi.