Após tenebroso inverno, eis me aqui de volta. Brincadeira, estava mesmo é no bem bom. Deixa isso pra lá e vamos ao que interessa. Afinal, mesmo de longe, acompanhei o tricolor na Copinha Júnior (que decepção) e também o início do Campeonato Paulista 2004. Sobre essa competição é que eu escrevo agora.
Campeonato Paulista
O Campeonato Paulista faz tempo não empolga mais. Tirando a fase semifinal e final, onde geralmente os grandes se enfrentam diretamente na busca pelo título, o torneio é de uma chatice sem tamanho.
Felizmente, são poucos os meses que temos de ver o São Paulo jogando com equipes como o Juventus, que embora de grande tradição no passado, há muitos anos não tem a mesma força dentro de campo. Para ajudar a piorar a situação, temos um campeonato com 21 times, divididos em dois grupos, um com 10 e o outro com 11 – nem na várzea eu vejo esse tipo de coisa acontecer –, como se não bastasse isso, o Exmo. Presidente da FPF estipulou o preço dos ingressos em 20 reais. Não vou me dar ao trabalho de citar o nosso famigerado salário mínimo para me fazer compreender.
Todo mundo sabe que isso é um absurdo, no entanto, pouca gente na imprensa teve a coragem de vir a público e pedir explicações sensatas ao digníssimo senhor Marco Pólo Del Nero. O único jornalista que eu vi reclamar publicamente contra mais este absurdo foi o Jorge Kajuru - a ele dou meus parabéns. Kajuru não só criticou como também propôs um boicote dos torcedores. Da minha parte nem precisava o incentivo.
Pois bem, se o campeonato é ruim, se o preço é inacessível à maioria dos trabalhadores, resta ao São Paulo, dentro de campo, mostrar que tem condições de ganhar não só o Paulista, mas, principalmente, a Libertadores. Infelizmente, pelo que vi nos três jogos disputados até aqui, o sonho de conquistar a América está longe. Como já havia escrito na coluna anterior, o clube contratou diversos jogadores, porém, quantidade não é e nunca foi sinal de qualidade.
O time, como nos últimos anos vive da genialidade de um único jogador: Luís Fabiano. Eu, sempre o critiquei pelo seu comportamento dentro de campo, não só pelas expulsões, mas também pela sua pouca mobilidade. Diferentemente do França e do inesquecível Careca, Luís Fabiano não é muito de abrir espaços para os outros jogadores concluírem em gol, porém, é inegável que ele, mais do que ninguém no futebol brasileiro atual sabe como fazer gol. Para muitos, isso basta, para mim, não. Dessa forma, o time necessita que ele esteja bem para conseguir as vitórias, mas como no futebol o coletivo é o que prevalece, tenho sérias dúvidas a respeito do futuro do tricolor. Sem as presenças de Kaká e Ricardinho, não vejo quem possa comandar o meio-de-campo, principalmente, quando enfrentarmos adversidades dentro de uma partida.
De bom, até agora na escalação do time, além do Luís FabiGol, foi a volta do Alexandre a cabeça de área. Sempre gostei dele por sua determinação dentro de campo. Ao contrário de outros jogadores que por ali passaram, ele sabe de suas limitações técnicas, mas sabe também que sua função não é a de fazer gols e sim de evita-los. Por fim, espero queimar a minha língua e comemorar muitos títulos.
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