Na noite de quarta-feira, o São Paulo passou sem dificuldades pela frágil equipe do The Strongest. O placar de três a um poderia ter sido muito maior se nossos jogadores tivessem a gana dos campeões. Explico: no primeiro tempo, apesar de não precisar se esforçar, o time do São Paulo soube se impor e não deixou dúvidas de que a vaga para a semifinal já estava garantida. No entanto, este era o jogo para fazermos uma exibição de gala. Se o adversário é fraco, o problema não é nosso. Mas não, no segundo tempo, ao invés de a equipe partir para cima e aplicar uma sonora goleada no adversário, o time preferiu tocar a bola de lado e fazer o tempo passar. Aí eu digo. Falta, à maioria dos jogadores do São Paulo, o espírito de campeão. Para muitos deles como o Carlos Alberto, o Fábio Simplício, o Jean, o Adriano, o Gustavo Néri, entre outros, o fato de jogar no São Paulo já é, por si só, um sentimento de satisfação. Daí para frente, o que eles fizerem, já é com o sentido de dever cumprido. Quando estes encerrarem a carreira vão dizer com orgulho: “eu joguei em time grande, no São Paulo”. Para eles, pouco importará se não conquistaram absolutamente nada. O que valerá é o “status” de terem vestido a camisa de um grande clube. Se o título da sul-americana vier, fato que não está muito difícil de acontecer, afinal, nosso adversário na semifinal, apesar de ter grande tradição em torneios internacionais não vive um bom momento e o Boca, que por sua vez, seria um grande adversário também foi eliminado. Muitos vão achar que estou reclamando de barriga cheia, afinal, o tricolor é a única equipe brasileira a permanecer na competição. Quero alertar, apenas, que as equipes não estão muito preocupadas em obter êxito neste torneio, que, sabidamente, vale mais pelo dinheiro dado ao campeão do que pela sua tradição. Então, caso sejamos campeões, não devemos nos iludir de que estamos preparados para disputar uma Libertadores, caso a classificação venha mesmo se confirmar. O time do São Paulo, principalmente em seu meio campo, carece de jogadores que saibam não só fazer a bola chegar com facilidade ao ataque, mas também, conduzir uma equipe numa competição difícil, como a Libertadores. Então, não nos basta, tão somente, contratarmos grandes jogadores. A meu ver, eles devem ter um perfil de vencedores. Por isso, desde já, deixo aqui meu protesto contra aos nomes que vêm sendo veiculados na imprensa, tais como o de Vágner, aquele mesmo que passou pelo São Paulo e, na decisão contra o Cruzeiro pela Copa do Brasil, abandonou o barco. Outra preocupação que também pretendo falar em outra oportunidade é com relação ao técnico, pois, pelo visto, o Leão, ao que tudo indica, permanecerá no Santos e o Luxemburgo no Cruzeiro. Só vejo uma saída: convencer o Felipão voltar ao Brasil.
Fabio Moraes
- A saga são-paulina frente ao Rosário
- Campeonato Paulista
- Em Libertadores não há jogo fácil
- Eureka! Marcelo Portugal Gouvêa percebeu que o elenco precisa de reformulação
- Foi de dar sono
- LDU X SÃO PAULO
- Mais um ano na fila
- Muita correria e pouco futebol
- Na melhor partida do São Paulo no ano, mais uma vez ficamos no quase
- Para ser campeão, precisa melhorar muito
- Precisamos aprender com nossos adversários sul-americanos a arte de catimbar
- Ricardinho não pode servir de bode expiatório
- Rosário Central x São Paulo
- São Paulo 2004 é mais uma loteria
- São Paulo F.C., meu amor!
- Valeu pelo primeiro tempo e pela classificação
|