Cinqüenta segundos de jogo. Boa troca de passes entre Ricardinho, Fábio Simplício e.... gol de Kléber. Poucos minutos depois, uma bela tabela entre Luís Fabiano e Fábio Simplício quase resulta em mais um gol. Parecia que o São Paulo iria golear. Só parecia! Daí por diante o que se viu, mais uma vez, foram os mesmos erros de passes, de armação de jogadas e de marcação. Do outro lado, via-se nitidamente que o Fluminense veio para o Morumbi para se defender. Porém, percebendo a falta de ousadia do tricolor paulista, o time de Joel Santana começou a acreditar que poderia chegar ao empate e por duas vezes, só não chegou porque o Rogério fez grandes defesas. No segundo tempo, esperava-se que o São Paulo voltasse com um ânimo maior para a partida, afinal, o time tinha tudo para ampliar o marcador e garantir assim a classificação para a próxima fase, certo? Para o Luís Fabiano, não. Infantilmente, mais uma vez, ele provocou sua expulsão. A jogada estava toda para ele, o zagueiro do Fluminense chegou e, como vem ocorrendo constantemente com alguns jogadores do São Paulo, ele “largou” a bola e atingiu o adversário com uma cotovelada. Resultado: o jogo, que já não era bom, ficou ainda pior. Agora, me pergunto: o que leva um atacante a cometer uma falta desse tipo? Será excesso de vontade de ganhar? Será despreparo psicológico ou apenas falta de vergonha na cara? Recentemente, li uma coluna do brilhante Armando Nogueira na qual ele falava que alguns jogadores têm provocado a sua própria expulsão. Assim, eles não viajam com a equipe para o próximo jogo e podem sair à vontade, sem nenhum constrangimento. Não sei se é o caso do atacante são-paulino, mas que esse tipo de atitude já passou dos limites, isso já. A meu ver, casos como esse, de reincidência, merecem punição exemplar. Uma boa multa, e a obrigação de viajar para o Rio, daqui a duas semanas, talvez, trouxessem bons resultados. Por sorte, o Fluminense não conseguiu empatar o jogo. No Maracanã, nos resta a esperança (ainda bem que ela é a última que morre) de um futebol melhor. Qualquer vantagem, mesmo que por um gol de diferença, não deve ser desprezada, afinal, lá, jogaremos no contra-ataque. Mas que poderíamos ter saído do jogo de ontem classificados, isso poderíamos.
Fabio Moraes
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