O jogo de ontem valeu pelo primeiro tempo e também pela classificação para a próxima fase, pois se a competição não é tão empolgante, ela dará ao vencedor um prêmio de 750 mil dólares. Além disso, esta copa traz aos clubes brasileiros a oportunidade de jogar contra os seus adversários sul-americanos, fazendo uma espécie de "vestibular" para a Libertadores.
O que se viu ontem foi muita determinação, principalmente de Rico e Kleber, que brigam por posição ao lado de Luís Fabiano. Com a volta de Ricardinho ao meio- de-campo, finalmente a bola começou a chegar com mais rapidez e qualidade ao ataque que, por sua vez fez por merecer, se movimentando bastante. É claro que o jogo ficou mais fácil para o tricolor com as ausências de Régis e Edmundo, e pelo que o time demonstrou no primeiro tempo, a equipe poderia ter saído de campo com um placar ainda mais folgado.
No intervalo, o Vasco fez duas substituições - saíram Bruno Lazaroni e Rubens; entraram Igor e Moraes - e o São Paulo, é claro, não mexeu em sua formação. Porém, o que se viu no segundo tempo foi um outro time. O São Paulo que, num passado já distante, tinha como forte o contra-ataque, preferiu tocar a bola de lado e fazer o tempo passar, irritando em alguns momentos a torcida.
A meu ver, os únicos que se sobressaíram na segunda etapa, foram Gustavo Néri e Fabiano. Aliás, o lateral esquerdo tricolor mostrou muita força de vontade, desarmando e criando boas chances de gol. Na melhor delas, ele obrigou o bom goleiro Fábio a fazer uma bela defesa. Em compensação, na outra lateral o que se viu, mais uma vez, foi uma total apatia. Leonardo Moura chegou apenas uma vez a linha de fundo no segundo tempo. Enquanto isso, o Gabriel continua "encostado", e o que é pior, ganhando 80 mil reais por mês.