Sem dúvida a partida de ontem foi a melhor disputada pelo São Paulo neste ano. O time jogou para frente, como há muito não se via. Teve força de vontade - embora algumas vezes tenha exagerado na dose - e conseguiu, no tempo normal, reverter à vantagem do River Plate. Tudo isso, é claro, se olharmos pelo lado emocional. Agora, se nos atermos à razão, vamos perceber os mesmos erros que fazem com que o São Paulo, nos momentos decisivos, fique sempre no quase. No campeonato Paulista, após sermos derrotados na primeira partida da final, a equipe entrou em campo para o segundo jogo com os nervos à flor da pele, assim como ontem. Naquela ocasião, logo no início, Reinaldo foi expulso. O Corinthians fez dois a zero - igual vantagem também tinham os argentinos. Pois bem, em ambas as partidas o São Paulo conseguiu o empate. No entanto, no momento em que mais deveríamos pressionar os adversários, a equipe, inexplicavelmente, pára de jogar e possibilita o equilíbrio das ações. No Brasileirão, também fomos traídos pelos nossos nervos. No jogo contra a Ponte Preta, onde poderíamos passar o Cruzeiro e assumir a ponta da tabela, o que se viu em campo foi um time descontrolado emocionalmente. Perdíamos o jogo por um a zero e, no início da segunda etapa, o Júlio Santos, após fazer uma falta violenta, no meio-de-campo, foi expulso. Para coroar o destempero emocional, o Rogério também saiu de campo mais cedo naquela ocasião. Não quero aqui culpar alguém pela derrota nos pênaltis, contudo, ontem, mais uma vez, o Luís Fabiano prejudicou a equipe por causa de seu excesso de valentia, para não dizer estupidez. Como já escrevi anteriormente, atitudes como essas devem ser punidas com multas, sejam elas impostas ao “perna de pau” ou ao “craque” do time. Porém, a diretoria são-paulina prefere sempre inocentar o “mimado bad boy” pelos seus atos, pondo a culpa em cima da arbitragem. O resultado? Bem, o resultado já estamos cansados de ver, pois futebol se ganha com os pés, com a cabeça e também com a razão.
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