Contratado a peso de ouro, o meia Ricardinho veio como grande esperança da torcida tricolor (bom, pelo menos boa parte dela) para suprir a carência que há anos o time tem no meio-de-campo. No entanto, após um ano de clube, a expectativa de ele apresentar o mesmo bom futebol que o levou à Copa na Ásia, ainda não apareceu. Porém, daí a querer torná-lo um bode expiatório, pelas péssimas atuações da equipe, vai um longo caminho. Um time para ser campeão tem de ser homogêneo. O São Paulo do início da década passada era assim. As conquistas vinham não apenas pelos pés de um único jogador. Lembram-se dos 3 x 2 frente ao Milan, em Tóquio? Os gols foram marcados por Palhinha, Toninho Cerezo e Muller. E aí, me pergunto: quem era o líder deste time? Pois é, não precisávamos de um líder, assim como o Cruzeiro e o Santos também não precisam. As declarações do Ricardinho, a meu ver, não são uma forma de ele se esquivar de sua responsabilidade, como muitos estão pintando. Ele não vem jogando bem, é verdade, mas quem em nosso time, ao longo deste campeonato, conseguiu apresentar um bom futebol? O Rojas já está há mais de quatro meses no cargo e qual a evolução tática que o time apresentou? Nosso técnico, como grande goleiro que foi, deveria saber que o futebol é coletivo e, sendo assim, todos tem a mesma responsabilidade nas vitórias e nas derrotas. Então, por que razão só o jogador que tem maior potencial é cobrado nesses momentos? Quem joga ou já jogou futebol (não peladas de rua) sabe como é difícil levar um time nas costas. Em alguns momentos, eu esqueço que sou um torcedor e me ponho no lugar do Ricardinho e imagino como deve ser duro olhar para os lados e ver jogadores como Fábio Simplício, Adriano, Carlos Alberto, Júlio Santos. Mas, pelo visto, nosso técnico prefere a comodidade de jogar sobre os ombros de um único jogador toda a parcela de culpa da derrota, quando, na verdade, ela deveria ser dividida entre todos, inclusive com ele, Rojas.
Fabio Moraes Fabiomoraes2001@bol.com.br
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