A suspensão de Leão estava encomendada e pré-determinada.
Prova inconteste: Milton Neves anunciou a pena de 120 dias em seu programa na Record, domingo à noite, dizendo que sua fonte era "de dentro" do tribunal.
A condenação, sem que o auditor que o acusava no processo levasse prova material de suas declarações – pelo contrário, a defesa é que apresentou gravações no sentido oposto ao alegado – comprova que não temos força nenhuma sequer na FPF (da CBF e do STJD de Sveiter, somos velhos fregueses).
O São Paulo já foi muito poderoso e bem-relacionado junto às cúpulas de comando das entidades que comandam o futebol. Hoje, está isolado, não importa qual a corrente política que esteja no poder no clube. Seu Departamento Jurídico, dirigido pelo simpático, mas inepto, José Carlos Ferreira Alves, é permanentemente humilhado nos julgamentos. Por sua ineficácia e falta de contundência, mas sobretudo pela impotência política que ajuda a nos afundar.
É fundamental uma planificação, até mesmo um "investimento" neste sentido, se é que vocês me entendem. É assim que se faz política neste país, em qualquer âmbito.
Temos de ter um profissional, especificamente dedicado a facilitar o trânsito do São Paulo nos corredores das entidades executivas e “judiciárias” do futebol. Acompanhar o dia-a-dia, atualizar-se sobre todas as decisões administrativas, almoçar e jantar com os personagens-chave dessas instituições, providenciar uma investigação das atividades de cada um deles, de um lado, enquanto lança mão da diplomacia, por outro.
Ou isto, ou uma confrontação direta (improvável): articular um movimento junto a outros clubes, montar uma liga e desligar-se da FPF e da CBF. Um processo longo, mas que poderia, sim, ser viabilizado, uma vez que a grande maioria dos clubes está insatisfeita com os rumos da admnistração do futebol.
Mais: o Morumbi, onde somos sistematicamente prejudicados – não pode mais ser campo neutro, isto TEM DE ACABAR. O adversário tem de temer o Morumbi, como todos temem a Arena da Baixada, a Vila Belmiro ou São Januário. O trio de arbitragem tem de se sentir pressionado. O nome do Abade no alto-falante foi uma das atitudes mais acertadas de MAC na gerência de futebol (talvez a única). O acesso de gente ligada ao clube aos vestiários deve ser sutilmente facilitado, para que se evite qualquer tentativa sistemática de favorecimento ao adversário em nossos domínios. Se Cocito fosse volante do São Paulo e Kaká fosse meia do Atlético em 2001, e o jogo fosse no Morumbi, não tenham dúvidas: o primeiro teria sido expulso. Como jogávamos na Baixada e era justo o contrário, nada aconteceu. É assim sempre, especialmente em momentos decisivos.
Escrevam o que digo: não nos deixarão sequer chegar às últimas rodadas brigando pelo título, não porque haja um esquema pró-Santos: o esquema é pró-Corinthians, o que ainda teremos a oportunidade de comprovar ao longo das próximas rodadas e no confronto direto com eles.
Até contra o pobre Atlético de Sorocaba, fomos surrupiados. Além do pênalti inexistente, depois de mão na bola do atacante do Atlético, foram nada menos que 6 impedimentos claros do ataque adversário, não marcados, numa clara "resposta" do comitê de arbitragens a Leão e ao São Paulo. Esta pasmaceira e pusilanimidade de nossos dirigentes não pode continuar: ou bem nos tornamos "amigos do rei" e molhamos as mãos de toda a corte, trocando favores, utilizando a influência de são paulinos ilustres (ah, dr. Natel, que saudades) ou assumimos uma postura de rompimento que torne o Morumbi um pesadelo para adversários e árbitros (o Vasco dos áureos tempos é um bom exemplo).
Ou vamos continuar a assistir, ano após ano, jogo após jogo, as mesmas "coincidências", sempre contra o São Paulo? Quem não se lembra de Armando Marques anulando gol legítimo de Leivinha em 71, com medo do Governador Natel, sentado em nosso banco de reservas? Quem não se lembra da tortura que foi para o Botafogo RJ a semifinal do Brasileirão 81? Pressionaram lá, apanharam aqui (dentro e fora do campo). E o Fluminense em 86, que quis intimidar no jogo da ida? Tomou de 2 a 0 aqui (com gol sensacional de Careca, diga-se) e teve Romerito e Eduardo agredidos pelos gandulas (aliás, bem parrudos).
Está na hora de encararmos, de novo, futebol como o que futebol é: negócio, e negócio para gângsters. Ganhamos quando o fizemos no passado. Basta de inocência e passividade.
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