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Um Segundo Suspenso no Tempo

Por DARIO CAMPOS (redacao@mauroivan.com.br)


Futebol...
Um movimento isolado, e tudo pára.
Cessam os ruídos, o vento se detém, não há um ser vivo respirando ou se movimentando naquele exato instante.
Diante de nossos olhos, vidrados, de nossos corpos petrificados, de nossos corações – que não batem, apenas aguardam – apenas um único objeto se desloca. Não adianta calcular a velocidade, tampouco a distância que o separa de seu alvo.

No relógio, tudo leva um segundo, mas tudo aqui é diferente. Caímos no terreno da relatividade, e um segundo suspenso no tempo tem a duração de uma vida. Após o desfecho desse instante, estaremos em outro estágio de nossa existência.
Leva-nos para esse mundo paralelo a bola. Sim, é ela o único corpo em movimento, o vetor que nos transporta para um campo da percepção que apenas aquele que é apaixonado por um time pode freqüentar.

Esqueça a embriaguez superficial do absinto. Despreze o débil efeito das carreiras, dos micropontos, dos derivados das papoulas.
Vista a camisa das três listras, sente-se na arquibancada ou na frente de sua televisão e deixe-se envolver em um mundo caleidoscópico, no qual predominam o vermelho, o branco e o preto.
Somente assim, você começará a ter uma nova percepção do tempo.

Pergunte a alguns de nós quanto tempo demorou para que a bola chutada por Raí naquele dezembro de 1992 chegasse às redes de Zubizarreta. Serão milhões de respostas diferentes.
A minha resposta? Foram 22 anos, oito meses e 12 dias, a minha idade na época. Aquele segundo suspenso no tempo, em que a bola saiu dos pés de Raí para a sola da chuteira de Cafu, voltou ao pé direito de Raí e viajou no ar, levava os sonhos de um cara apaixonado pelo São Paulo desde o berço, levava as saudades de seu pai morto, que o havia feito tricolor, levava as centenas de jogos aos quais ele já tinha ido a pé, de ônibus, de carona, para celebrar a sua paixão ao time de todas as gerações de sua família.

Quanto levou para a bola que tocou no calcanhar de Muller entrar no gol do Milan? A idade do gol de Raí, e mais um ano.
Na minha escala de tempo, o sonho de ver o São Paulo no lugar mais alto do futebol mundial tem a exata contagem de minha existência. Até que a bola decisiva entre, conto minha idade. Depois que ela entra, não há mais conta. Porque a felicidade, a glória, as lágrimas e a sensação incontrolável de orgulho, alegria e triunfo se perpetuam, gravadas na alma.

Daqui a algumas horas, o tempo pára novamente. Se Deus quiser, se tudo der certo, o tempo ficará congelado até o próximo domingo, quando então teremos, dentre os mais de 5.400 segundos contidos em uma partida, um único que ficará suspenso no tempo. Neste momento, pessoas deixam de ser pessoas, os sentidos deixam de ser cinco e se multiplicam, o êxtase nos eleva a divindades. Cada um de nós será o melhor, o ser supremo, será inalcançável em sua felicidade.

Os mais jovens, que ainda não experimentaram a sensação, preparem-se para conhecer uma noção totalmente nova de tempo/espaço. Saída dos pés ou da cabeça de um dos nossos, a bola nos levará, novamente, ao terreno da relatividade.

Nesse momento, somente uma coisa será absoluta: a paixão por aquelas quatro palavras que tanto podem influenciar nosso humor, nossas emoções, nossas vidas: SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE.


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