As contusões musculares que vêm se multiplicando, em gravidades variadas, são a grande ameaça às pretensões do São Paulo no primeiro semestre.
Culpe-se o calendário, é natural, e desnecessário comentar – Leão o tem feito freqüentemente – mas a maior responsabilidade é da diretoria, que ignorou o curto período de treinos de uma pré-temporada que não existiu, e não criou base no elenco para suprir as necessidades das duas competições que disputamos.
Ora, MPG afirma, em entevista recente, que deveríamos ter 4 atacantes, falta um, mas “o mercado está difícil, e queremos jogadores que cheguem para ser titulares”. Duas inverdades em uma só sentença: primeiro, considerando que Luizão era uuma aposta de risco, justamente por problemas físicos (o joelho), seria lógico ter não mais um, e sim mais dois atacantes de ofício. E se fosse verdade que o São Paulo quer contratar jogadores que resolvam, teríamos visto um esforço efetivo para trazer um meia qualificado. Ao menos Marcinho, que não é nenhum Pedro Rocha, teríamos contratado – e não agora, mas antes do início dos campeonatos.
O elenco não pode variar, porque as opções são poucas e a qualidade cai muito. Diante da proximidade de um título regional (que, para nós, tem valor, porque não conseguimos ganhar mais nada), teríamos, por exemlo, que ter condições seguras de resguardar Josué para o final de semana (o Marília vem de várias vitórias consecutivas, não será a baba que muitos podem imaginar). Mas, ainda que ele tenha uma condição limitada de jogo, deverá ir a campo contra o Quilmes, porque não temos outro articulador. Deus o preserve. Afinal, como disse Leão, “o negócio é ver quem está com uma cara boa no dia, mandar para o jogo e rezar.”
Leão pediu, implorou, provocou, mas não foi atendido. Carlinhos Neves dá ao time um padrão altíssimo de preparação física, e não pode ser, de forma alguma, questionado por conta das lesões.
Mais uma vez, a diretoria do São Paulo demonstra pouca aptidão para administrar um time de futebol de uma forma que evidencie ambição de títulos. A negociação de um jogador-chave como Rodrigo, a paralisia nas negociações de renovação com Cicinho e a falta de reforços para compor o elenco são provas irrefutáveis disso.
Nas últimas partidas – Strongest, Paulista, Universidad e Rio Branco – o São Paulo caiu notavelmente de produção. Contra o último, até o espírito aguerrido desapareceu, muito em função do estado físico de jogadores fundamentais: Josué saiu para não agravar sua contusão; Júnior sentiu a coxa, mas agüentou; Grafite suportou seu problema não resolvido no joelho, mas a força e a explosão – suas virtudes maiores, senão únicas – estão prejudicadas.
O São Paulo, como Aquiles, é guerreiro e poderoso. Mas como o primeiro, derrotado pelo calcanhar, seu único ponto vulnerável, poderemos amargar mais um ano de frustrações por causa dos músculos de nossos atletas. Será uma pena e será injusto para um elenco que vem honrando, na vontade e no suor, a nossa camisa. E será mais um absurdo produzido pelos homens que dirigem (?!) nosso futebol.
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