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Não Tenho o Direito ...

Por DARIO CAMPOS (redacao@mauroivan.com.br)


Esta é uma homenagem e um agradecimento, de antemão, a vocês que levarão as cores e a história do São Paulo ao Beira Rio nesta noite de quarta-feira, 16 de agosto de 2006.

A vocês, Rogério, Souza, Fabão, Lugano, Ed Carlos (ou André Dias), Júnior, Richarlyson (ou Ilsinho, ou Ramalho, ou quem quer que seja), Mineiro, Danilo, Leandro, Aloísio. E também a todos que se sentarão no banco de reservas – Bosco, Alex Silva, Ramalho, Ilsinho (ou Richarlyson), Alex Dias, Lenílson, Lima. Uma homenagem e um agradecimento, igualmente, àqueles que lá estarão, mas não poderão atuar: Josué, Ricardo Oliveira e, muito provavelmente, André Dias. A Muricy, à comissão técnica. A Wéverson e a Bruno, que participaram de cada passo do São Paulo na Libertadores – e ainda participam – porque nos darão força e motivação para buscar com todo o ímpeto a conquista que será, agora, mais deles, que de todos nós.

Agradeço a vocês por um único motivo: este é um daqueles raros momentos da história de um clube em que o torcedor, por mais crítico, realista e até pessimista que seja – e este é o meu caso – simplesmente não se sente no direito de duvidar.

Não tenho o direito de olhar para um grupo de homens, de verdadeiros HOMENS, como esses que envergam a nossa camisa, e dizer “não dá”.

Não tenho o direito de duvidar de um time que, por quase 98 minutos, mesmo errando, mesmo tomando dois gols, mesmo inferiorizado pelo esquema e pela qualidade do adversário, ainda assim, não se curva.

Para quem diz que o 9 de agosto foi dia de desastre, eu, que ali estava, posso afirmar: foi dia de GLÓRIA. Porque 70.000 são paulinos e, com eles, os outros 14, 16 milhões fora do Morumbi, cantavam de pé o hino do clube e empurravam um grupo que perdia por 2 a zero, mas demonstrava ombridade, respeito à camisa que veste, gana para ir atrás da improvável reação. Quando tínhamos um a menos, todos se multiplicaram, e equilibramos. Quando as coisas se igualaram em 10 homens, a empolgação ofensiva nos traiu uma, duas vezes, mas, com o coração, com alma, lutamos até o ultimo centésimo, descontamos, quase empatamos.

Não tenho o direito de olhar para um homem com a integridade, a competência e a entrega de Rogério Ceni, e ainda duvidar.

Não tenho o direito de contemplar Lugano – que nos emociona e inflama, pela fúria, pela garra, pela paixão com que agarra nosso símbolo na camisa, com que se envolve nas bandeiras do nosso São Paulo e do seu Uruguai (segunda nação de todo tricolor) – e ainda duvidar.

Não é possível e não tenho o direito de duvidar, depois de presenciar Mineiro jogando com o tornozelo arrebentado, lutando e mantendo a velha eficiência, como se a dor ali não estivesse.

Não tenho o direito de reclamar de Josué, que assistiu ao adversário batendo com a conivência da arbitragem e arriscou impor-se pela força. Alguém tinha de fazê-lo, talvez o método tenha falhado. Mas quem, em sã consciência, pode esquecer o papel de Josué nas glórias de 2005 e nas vitórias que nos levaram até esta final, em 2006? A Josué, eu digo uma só coisa: obrigado.

Não tenho o direito de duvidar de Fabão, um monstro em todos os nossos jogos decisivos e clássicos, desde o ano passado. Um jogador valente, sério, compenetrado. Um jogador cujas lágrimas, naquela memorável partida contra o Atlético Paranaense, são a própria essência de uma nação de torcedores que lavava a alma e transbordava felicidade.

Não tenho o direito de duvidar de Ed Carlos, que luta para se firmar, espera suas oportunidades respeitando seu pares, supera suas limitações com vontade e… com gols.

Não tenho o direito de duvidar de Júnior, lateral, ala, meia, avante, se necessário. Um ponto de equilíbrio para o time, de desequilíbrio para o jogo, combinação de raça e equilíbrio, de impulso e racionalidade, alegria de jogar e determinação para vencer.

Não posso duvidar do time que tem Souza, a voz que puxou o hino do São Paulo na coletiva do TRI da Libertadores, o jogador que provoca os adversários e atua em funções que nem nome têm no futebol, com a disposição de quem aprendeu a amar a camisa que veste como torcedor.

Não posso duvidar do time de Leandro, guerreiro de ofício e apelido, atleta incansável, forjado com garra e dedicação, herói da classificação contra o Palmeiras e, desconfio, um dos heróis desta decisão em terras gaúchas.

Não tenho o direito de duvidar do São Paulo de Ricardo Oliveira, que além de talento, tem a humildade de manifestar gratidão e carinho pelo clube que o acolheu e recuperou. Que se vá para a Espanha levando uma faixa de TETRACAMPEÃO CONTINENTAL, para que os inflexíveis espanhóis do pequeno Bétis se lembrem bem das três cores que conquistaram a cabeça e o coração de seu artilheiro.

Não teremos Ricardo? Ora, não há como duvidar do time que tem Aloísio, autor do passe mais importante de 2005, aquele que deixou Mineiro por trás da zaga e à frente do pobre Reina, goleiro da até então inexpugnável zaga do Liverpool. O homem que entrou contra o Chivas, cavou o pênalti que nos deu a vitória. O monstruoso atleta que, no Paulistão, contra o Palmeiras, com o ombro luxado, atirou-se a uma dividida no meio-campo e acabou de se arrebentar, para armar o contra-ataque que redundou em nosso primeiro gol.
Não tenho, tampouco, o direito de duvidar de você, Danilo, a quem ainda devo um “engraxar de chuteiras” pela Libertadores e o Mundial do ano passado. Seus arremates, algo me diz, ressurgirão no momento em que ninguém mais esperar, para que aqueles que, como eu, o criticam, tenham de se calar, agora de uma vez por todas.

Vocês todos, neste grupo, sabem que confiamos em vocês, porque sabemos que jamais este São Paulo deixará de brigar, de se empenhar. Enche-nos de prazer ver a atitude desse grupo, ver o quanto cada um deseja a vitória, o quanto não aceitam e se frustram com a derrota.

Tenho 36 anos de idade, algo em torno de 900 jogos no Morumbi, uma paixão incomensurável por este clube, por suas cores, seus símbolos, sua história.
Deus deu-me o imenso privilégio de nascer em uma família de tricolores, de acompanhar a agonia de meu pai , transformada em êxtase, na final do Brasileiro de 1977; de ver em campo, Serginho, nosso maior artilheiro, Careca, um de nossos maiores atacantes. A generosidade imensa deste Deus em que aprendi a acreditar proporcionou-me viver as glórias de toda a Era Telê, ver o amor de Raí por essa camisa. Sofremos nos anos de dificuldades, vimos surgir Rogério, que devolveu-nos a confiança de que ainda havia jogadores identificados com o nosso clube. Com ele, vimos um título Paulista, dois, três, e, enfim, com a chegada de Lugano, de Mineiro, de Josué, de Fabão, de Danilo e tantos outros, a volta ao nosso lugar, o MAIOR DAS AMÉRICAS, O MAIOR DO MUNDO.

NÃO TENHO, NÃO TEMOS O DIREITO DE DUVIDAR DE VOCÊS. E MOSTRAMOS ISSO ATÉ O FINAL DA PRIMEIRA BATALHA NO MORUMBI, EM UM CORAL DE 70.000 VOZES, QUE NA VERDADE ERAM MILHÕES. COMEMORÁVAMOS – SIM, COMEMORÁVAMOS A NOSSA PAIXÃO POR ESTA BANDEIRA, POR ESTA CAMISA, E A COMUNHÃO DE UMA NAÇÃO DE TRÊS CORES COM OS HOMENS DISPOSTOS A GUERREAR POR ELA. ALGO NOS DIZIA, MESMO COM O PLACAR ADVERSO, QUE NÃO IA ACABAR ASSIM. NA VERDADE, A VOLÚPIA, A ENTREGA DE CADA UM DE VOCÊS, NOS DAVAM ESSA CERTEZA.

NESTA QUARTA-FEIRA, 16 DE AGOSTO DE 2006, OS GRITOS COLORADOS DO BEIRA-RIO SERÃO ENCOBERTOS PELAS VOZES DESSES MESMOS MILHÕES. A FESTA TERÁ AS CORES VERMELHA E BRANCA, SEM DÚVIDA. MAS NÃO TENHO O DIREITO, NÃO TEMOS O DIREITO, DE DUVIDAR QUE HAVERÁ UMA TERCEIRA COR NESTA COMEMORAÇÃO.

GRAÇAS A VOCÊS, TODOS TEMOS O DIREITO – E A OBRIGAÇÃO – DE ACREDITAR.

VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ. VAI LÁ DE CORAÇÃO… VAMOS SÃO PAULO, VAMOS SÃO PAULO, VAMOS SER CAMPEÃO!!!!!!!!!!!!!!!!


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